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Sobre a História: Vasilisa, a bela é um Fairy Tale de russia ambientado no Medieval. Este conto Descriptive explora temas de Perseverance e é adequado para All Ages. Oferece Inspirational perspectivas. Um conto de bravura, magia e o triunfo de um coração bondoso.
Era uma vez, em uma pitoresca aldeia aninhada na vasta extensão da Rússia, vivia um comerciante rico com sua adorável esposa e sua única filha, Vasilisa. Essa família era feliz e próspera, vivendo uma vida repleta de amor e alegria. Vasilisa era uma garota bonita, com traços marcantes e um coração igualmente bondoso. Sua presença era como um raio de sol, trazendo calor e felicidade para todos ao seu redor. Mas a felicidade dessa pequena família não duraria para sempre.
Quando Vasilisa tinha apenas oito anos, sua mãe adoeceu gravemente. O médico da aldeia tentou todos os remédios que conhecia, mas sua condição só piorou. No leito de morte, sua mãe chamou Vasilisa para seu lado. Com mãos trêmulas, entregou à Vasilisa uma pequena boneca de madeira.
“Ouça atentamente, minha querida Vasilisa,” sussurrou sua mãe, com a voz fraca, mas cheia de amor. “Guarde esta boneca sempre com você. Quando precisar, alimente-a um pouco com comida e um pouco com água, e então conte-lhe seus problemas. Ela te ajudará.”
Com isso, sua mãe a beijou de despedida e faleceu, deixando Vasilisa de coração partido e sozinha. Ela apertou a boneca com força, sentindo um estranho conforto com sua presença. Apesar da dor, lembrou-se das palavras da mãe e manteve a boneca próxima, como a mãe havia instruído.
O tempo passou, e o pai de Vasilisa eventualmente se casou novamente. Sua nova madrasta era uma mulher de beleza fria com duas filhas próprias, Olga e Marfa. Diferentemente de Vasilisa, elas não eram abençoadas com beleza ou bondade, e invejavam os encantos de Vasilisa. O pai de Vasilisa, um homem gentil, fez o possível para criar um lar harmonioso, mas seus esforços foram em vão. A madrasta e as meias-irmãs guardavam uma profunda inveja de Vasilisa e a tratavam com crueldade.
Os dias de Vasilisa agora eram preenchidos com tarefas intermináveis. Ela esfregava os pisos até suas mãos ficarem ásperas, preparava refeições para a família e buscava água do poço distante. Apesar do tratamento severo, Vasilisa permanecia gentil e bondosa, sempre carregando a pequena boneca de madeira no bolso. Sempre que se sentia sobrecarregada, secretamente alimentava a boneca com um pouco de pão e água e sussurrava seus problemas para ela. Milagrosamente, a boneca ganhava vida, oferecendo palavras de conforto e conselhos sábios, o que ajudava Vasilisa a suportar suas dificuldades.
Os anos passaram, e Vasilisa se tornou mais bonita a cada dia que passava. Sua madrasta, incapaz de suportar mais, elaborou um plano sinistro para se livrar dela. Um dia, o pai de Vasilisa teve que partir em uma longa viagem para seu comércio, deixando a madrasta responsável. Ela aproveitou essa oportunidade para mudar a família para uma pequena cabana na beira de uma floresta densa e escura, onde se dizia que vivia a temível bruxa Baba Yaga.
A floresta era um lugar de mistério e medo, cheio de sons estranhos e sombras sinistras. Os aldeões frequentemente falavam de Baba Yaga em tons sussurrados, temendo sua ira e sua insaciável fome por carne humana. Descreviam-na como uma bruxa antiga com um focinho longo, dentes de ferro e olhos que brilhavam como brasas quentes. Sua cabana, diziam, estava sobre pernas de galinha e cercada por uma cerca feita de ossos humanos.
Uma noite, quando o sol se pôs e a floresta escureceu, a madrasta deu a Vasilisa uma tarefa que ela esperava que selasse seu destino.
“Vasilisa, não temos mais fogo na casa,” disse ela, fingindo preocupação. “Você deve ir até Baba Yaga e pedir-lhe fogo.”
Vasilisa estava aterrorizada, mas sabia que não tinha escolha. Ela pegou sua pequena boneca de madeira, um pouco de pão e água, e aventurou-se na floresta escura. Caminhou e caminhou, as árvores parecendo se fechar ao seu redor, até que viu uma pequena cabana torta sobre pernas de galinha, cercada por uma cerca feita de ossos humanos.
Reunindo sua coragem, Vasilisa se aproximou da cabana. “Vovó, vovó,” chamou ela, “por favor, me dê um pouco de fogo. Minha madrasta me enviou.”
O portão rangeu e Baba Yaga apareceu. Ela era ainda mais assustadora do que as histórias descreviam, com seu focinho longo farejando o ar e seus dentes de ferro brilhando na luz fraca.
“Quem é você e o que deseja?” resmungou ela, com a voz ecoando pela floresta.
“Eu sou Vasilisa, e vim pedir fogo,” respondeu Vasilisa, tentando manter a voz firme.
Baba Yaga a fitou com suspeita. “Muito bem,” disse ela. “Mas primeiro, você deve realizar algumas tarefas para mim. Se você tiver sucesso, terá seu fogo. Se falhar, será meu jantar!”
Com isso, Baba Yaga colocou Vasilisa para trabalhar. Ela teve que limpar a casa até que ela brilhasse, preparar uma refeição farta e separar uma enorme pilha de grãos até a manhã seguinte. Exausta e assustada, Vasilisa tirou sua boneca de madeira e alimentou-a com um pouco de pão e água.
“Boneca, boneca, me ajude,” sussurrou ela. “Tenho tanto a fazer e não posso fazê-lo sozinha.”
A boneca ganhou vida e a confortou. “Não se preocupe, Vasilisa. Descanse agora, e eu farei o trabalho por você.”
Vasilisa deitou-se e dormiu, confiando completamente na boneca. Pela manhã, tudo estava feito perfeitamente. A casa estava impecável, uma refeição deliciosa foi preparada e os grãos estavam organizados ordenadamente. Baba Yaga ficou surpresa, mas não demonstrou. Em vez disso, deu a Vasilisa tarefas ainda mais impossíveis. Todas as noites, Vasilisa recorria à sua boneca, e todas as noites, a boneca a ajudava. Baba Yaga começou a suspeitar de algo.
Um dia, Baba Yaga perguntou a Vasilisa: “Como você consegue completar todas essas tarefas?”
“A bênção da minha mãe me ajuda,” respondeu Vasilisa, esperando evitar revelar o segredo da boneca.
Baba Yaga gritou de raiva. “Não quero nenhum abençoado em minha casa! Pegue seu fogo e vá!”
Baba Yaga entregou a Vasilisa um crânio com olhos incandescentes, e Vasilisa correu para casa com ele. Quando chegou, os olhos ardentes do crânio se transformaram em cinzas, eliminando a madrasta e as meias-irmãs, que tinham sido cruéis com ela.
Liberta de seu tormento, Vasilisa enterrou o crânio e foi viver com uma bondosa senhora idosa na aldeia. Lá, ela esperou o retorno de seu pai e viveu em paz. A senhora idosa, vendo a beleza e o bom coração de Vasilisa, tratava-a como se fosse sua própria filha.
A vida com a senhora idosa era calma e preenchida com rotinas suaves. Vasilisa ajudava nas tarefas domésticas, colhia ervas na floresta e aprendia a tecer e fiar. Um dia, a senhora idosa pediu a Vasilisa que fiaras linho para ela. Vasilisa fiou até o fio mais fino e teceu um belo tecido, diferente de qualquer outro que a senhora idosa já tinha visto. O tecido era tão fino e delicado que cintilava como a luz da lua.
A senhora idosa levou o tecido até o Tsar, conhecido por sua apreciação de finos têxteis. Quando o Tsar viu o tecido, ficou tão impressionado que quis conhecer a menina que o havia feito. Ele enviou seus guardas para trazer Vasilisa ao palácio.
Vasilisa foi levada ao palácio, e o Tsar ficou encantado com sua beleza e graça. Ele se apaixonou por ela à primeira vista e pediu que ela se casasse com ele. Vasilisa, sobrecarregada com a súbita reviravolta dos acontecimentos, concordou. Seu casamento foi uma grande cerimônia, assistida por nobres de longe. O palácio foi decorado com flores e finas tapeçarias, e as celebrações duraram dias.
O pai de Vasilisa retornou de sua viagem e encontrou sua filha sendo uma Tsarina. Ele ficou radiante e orgulhoso dela. Vasilisa convidou a senhora idosa que cuidou dela para viver no palácio, e todos viveram felizes para sempre.
Vasilisa nunca esqueceu a bênção de sua mãe nem sua pequena boneca de madeira, que mantinha sempre próxima. Ela governou com sabedoria e bondade, querida por todos os seus súbditos. Era conhecida por sua sabedoria e capacidade de resolver disputas com justiça e compaixão. Seu reinado trouxe paz e prosperidade à terra, e o povo a adorava.
Anos depois, Vasilisa teve uma filha própria. Quando a menina foi velha o suficiente, Vasilisa deu-lhe a boneca de madeira e contou a história de sua jornada e das bênçãos que ela trouxe. A pequena garota valorizava a boneca assim como sua mãe, sabendo que ela carregava o espírito de amor e proteção.
E assim, a história de Vasilisa, a Bela, foi transmitida através das gerações, uma história de coragem, bondade e a magia do amor de uma mãe. A lenda de Vasilisa se espalhou por todos os cantos, inspirando muitos com sua mensagem de resiliência e o poder da bondade.
Com o passar dos anos, Vasilisa e o Tsar viveram muitas aventuras juntos. Eles viajaram para terras distantes, forjaram alianças e construíram um reino forte e próspero. A sabedoria de Vasilisa e a bravura do Tsar fizeram deles um casal formidável, admirado por todos.
Em seus anos mais avançados, Vasilisa e o Tsar focaram em nutrir a próxima geração. Eles ensinaram aos seus filhos os valores de bondade, coragem e justiça. A filha de Vasilisa, que herdou a beleza e graça de sua mãe, tornou-se conhecida por seus próprios atos de bondade e bravura.
A boneca de madeira, agora uma herança familiar querida, continuou a ser passada de mãe para filha. Cada geração aprendia a história de Vasilisa, a Bela, levando adiante o legado de amor, resiliência e a magia da bênção de uma mãe.
No final, a história de Vasilisa, a Bela, não é apenas um conto de aventura e magia. É uma história do poder duradouro do amor e da bondade, um lembrete de que mesmo nos tempos mais sombrios, há luz a ser encontrada se alguém tiver a coragem de buscá-la. A jornada de Vasilisa, marcada por provações e triunfos, continua a inspirar e elevar, um testemunho da força do espírito humano e da magia atemporal do amor de uma mãe.