A Lenda do Velocino de Ouro
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Sobre a História: A Lenda do Velocino de Ouro é um Myth de greece ambientado no Ancient. Este conto Dramatic explora temas de Courage e é adequado para All Ages. Oferece Cultural perspectivas. A perigosa jornada de Jason em busca do Velocino de Ouro, repleta de desafios, magia e traições.
Há muito tempo, nas terras antigas da Grécia, nasceu um mito—uma história de aventura, traição e uma busca extraordinária. Esta lenda, conhecida em todo o mundo, conta a história do Velocino de Ouro, a lã mágica de um carneiro que possuía o poder de conceder realeza a quem a possuísse. A jornada para obtê-lo foi repleta de perigos e bravura, empreendida por um grupo de heróis liderados pelo destemido Jasão. Esta é a história de como Jasão e seus Argonautas desafiaram os deuses, lutaram contra criaturas monstruosas e embarcaram em uma das maiores viagens já contadas.
O reino de Iolcos já fora uma terra próspera e pacífica, mas o trono foi tomado à força quando Pélias, um homem sedento de poder, derrubou seu irmão, Aeson. Pélias temia que o filho de Aeson, Jasão, um dia retornasse para reivindicar o trono. Na tentativa de evitar isso, Pélias exilou o menino para uma terra distante, esperando que ele perecesse longe de Iolcos. Contudo, Jasão sobreviveu e cresceu tornando-se um homem forte e nobre, criado pelo sábio centauro Quíron. Anos se passaram, e os deuses sussurraram a Jasão que seu destino não era permanecer escondido, mas reivindicar seu lugar de direito no trono de Iolcos. Armado de coragem, Jasão retornou para confrontar seu tio Pélias. Quando Jasão chegou a Iolcos, Pélias o reconheceu imediatamente, apesar de suas tentativas de manter a calma. Pélias, querendo se livrar do jovem desafiador, elaborou um plano. Ele disse a Jasão que renunciaria voluntariamente ao trono—sob uma condição. "Eu entregarei o reino se você me trouxer o Velocino de Ouro", disse Pélias, sabendo que a tarefa era praticamente impossível. O Velocino de Ouro estava distante na terra de Cólquida, guardado por um dragão e vigiado pelo cruel rei Eetes. Ninguém jamais ousou tentar recuperá-lo, e muitos que tentaram encontraram seu fim. Indiferente ao perigo, Jasão aceitou o desafio. Ele imediatamente começou a reunir uma tripulação dos maiores heróis da Grécia. Essas almas corajosas viriam a ser conhecidas como os Argonautas, nomeados em homenagem ao seu navio, o Argo. Antes de embarcar na jornada perigosa, Jasão procurou o construtor de navios Argus, renomado por sua habilidade. Com a ajuda de Atena, a deusa da sabedoria, Argus construiu o maior navio já navegado pelos mares—o Argo. O navio era uma maravilha da engenharia, rápido e resistente, mas possuía uma característica especial. Na proa, Atena colocou um pedaço de carvalho sagrado do oráculo de Dodona, uma árvore que podia falar e oferecer profecias. Essa parte do navio conferia ao Argo não apenas força, mas também sabedoria, pois guiaria a tripulação através dos desafios que enfrentariam. Logo, heróis de todos os cantos da Grécia responderam ao chamado de Jasão. Entre eles estavam o poderoso Hércules, os gêmeos Castor e Pólux, a veloz Atalanta e o músico Orfeu. Cada um desses heróis trouxe talentos únicos para a tripulação, mas todos compartilhavam uma característica comum—a bravura. Com o Argo construído e sua tripulação reunida, Jasão tomou o leme, pronto para embarcar na aventura de sua vida. A jornada até Cólquida seria longa e repleta de perigos, mas Jasão e seus Argonautas estavam preparados para enfrentar qualquer coisa que surgisse. O primeiro desafio surgiu rapidamente, mesmo antes do Argo ter deixado as águas gregas. Os Argonautas encontraram a traiçoeira ilha de Lemnos, governada por uma tribo de mulheres que haviam matado todos os homens da ilha. A rainha de Lemnos, Hipsípole, acolheu os Argonautas e tentou convencê-los a ficar, mas Jasão sabia que sua missão era importante demais para ser adiada. Depois de deixarem Lemnos, os Argonautas navegaram pelo Mar de Propontis, onde encontraram os Doliones, uma tribo amigável liderada pelo rei Cipaso. No entanto, a paz foi de curta duração, pois naquela noite, uma terrível tempestade jogou os Argonautas de volta à costa e, na confusão, foram confundidos com inimigos. Seguiu-se uma batalha trágica, e o rei Cipaso foi morto. Atormentados pela culpa, os Argonautas lhe deram um sepultamento digno antes de continuarem sua jornada. Mas o destino reservava mais provas para eles. Logo chegaram à terra dos Bebrícios, onde o impiedoso rei Ámico desafiava todos os estranhos para uma luta de boxe. Pólux, um dos filhos gêmeos de Zeus, aceitou o desafio e derrotou Ámico, libertando os Argonautas da tirania do rei. Em seguida, os Argonautas navegaram para a casa do profeta cego Feneu. Feneu era atormentado pelas Harpias, monstruosas mulheres-pássaro que roubavam sua comida e atormentavam sua vida. Em troca de sua ajuda, Feneu deu a Jasão uma informação crucial—o segredo para passar pelas mortais Rochas Barulhentas, conhecidas como Símplegades. Essas rochas esmagavam qualquer navio que tentasse navegar pela estreita passagem entre elas. Com o conselho de Feneu, os Argonautas enviaram uma pomba através das rochas. À medida que a ave voava, as rochas começaram a se fechar, mas a pomba passou por pouco. Encorajado por isso, Jasão ordenou que a tripulação remasse com todas as suas forças. O Argo escapou por pouco das garras das rochas, passando ileso. Após muitas provas, os Argonautas finalmente chegaram a Cólquida, uma terra governada pelo rei Eetes, um homem tão cruel quanto poderoso. Eetes não tinha intenção de ceder o Velocino de Ouro voluntariamente. Ele impôs três tarefas quase impossíveis a Jasão, cada uma mais mortal que a anterior. A primeira tarefa era arar um campo com dois touros que cuspiam fogo, conhecidos como Chalkerotauro. A segunda era semear os dentes de um dragão no campo arado. Desses dentes germinaria um exército de guerreiros que tentariam matar Jasão. A terceira e última tarefa era derrotar o dragão que guardava o próprio Velocino de Ouro. Jasão desesperou, pois sabia que essas tarefas estavam além da força de qualquer homem mortal. No entanto, o destino interveio mais uma vez na forma de Medéia, filha do rei. Medéia era uma poderosa feiticeira e, ao ver Jasão, apaixonou-se profundamente por ele. Ela ofereceu sua ajuda em troca da promessa de que ele a casaria e a levaria de volta para a Grécia. Com a magia de Medéia, Jasão conseguiu arar o campo com os touros que cuspiam fogo, plantar os dentes do dragão. Quando os guerreiros brotaram do solo, Medéia aconselhou Jasão a lançar uma pedra no meio deles. Os guerreiros, confusos com o ataque, voltaram-se uns contra os outros, e Jasão conseguiu derrotá-los. Finalmente, com a ajuda de Medéia, Jasão fez o dragão que guardava o Velocino de Ouro adormecer, permitindo-lhe tomar o objeto precioso que o havia levado até ali. Com o Velocino de Ouro em mãos, Jasão e Medéia fugiram de Cólquida, sendo perseguidos pelo rei Eetes e suas forças. Medéia, sempre engenhosa, retardou a perseguição de seu pai com um ato terrível—ela matou seu próprio irmão, Absyrtus, e espalhou seus restos no mar. Eetes, devastado pela perda, interrompeu sua perseguição para recuperar o corpo de seu filho. A viagem de volta para a Grécia não era menos perigosa do que a jornada para Cólquida. Os Argonautas enfrentaram tempestades ferozes, ilhas hostis e a ira dos próprios deuses. Em um momento, o navio ficou encalhado nas margens desertas da Líbia, onde a tripulação foi forçada a carregar o Argo pelo deserto em seus ombros. No entanto, os deuses não haviam abandonado completamente Jasão e sua tripulação. Hera, rainha dos deuses, vinha observando-os e, com sua ajuda, os Argonautas finalmente retornaram à Grécia. Ao retornarem, Jasão apresentou o Velocino de Ouro a Pélias, mas o traiçoeiro rei recusou-se a renunciar ao trono. Enfurecida, Medéia usou sua feitiçaria para vingar-se. Ela enganou as filhas de Pélias levando-as a matar o próprio pai, prometendo que poderia restaurar sua juventude através da magia. Contudo, seu feitiço foi uma ilusão, e Pélias encontrou um fim horrível. Apesar de Jasão ter obtido sucesso em sua missão, seu triunfo foi de curta duração. As pessoas de Iolcos, horrorizadas pelas ações de Medéia, expulsaram o casal para o exílio. Eles fugiram para Corinto, onde suas vidas tomaram um rumo mais sombrio. A traição de Jasão a Medéia levaria a uma tragédia, mas isso é outra história. A história de Jasão e o Velocino de Ouro é uma das lendas mais famosas da mitologia grega. É uma narrativa de coragem, traição e dos limites que um homem pode ir para reivindicar seu destino. Embora a missão de Jasão tenha terminado em tristeza, a lenda do Velocino de Ouro perdurou, inspirando inúmeras gerações de heróis e aventureiros. Mesmo hoje, o Velocino de Ouro permanece como um símbolo de poder e da jornada perigosa que se deve empreender para alcançar a grandeza. A história dos Argonautas nos lembra que o caminho para a glória frequentemente está repleto de perigos, mas aqueles que enfrentam seus medos e se apresentam ao desafio podem alcançar a imortalidade nos corações e mentes daqueles que lembram de suas ações.A Traição do Rei Pélias
A Construção do Argo
As Provas da Viagem
A Chegada em Cólquida
A Fuga e o Retorno à Grécia
Conclusão: O Legado do Velocino de Ouro