Tempo de leitura: 7 min

Sobre a História: A Noiva Fantasma do Rio Han é um Lenda de south-korea ambientado no 20th-century. Este conto Dramático explora temas de Romance e é adequado para Jovens. Oferece Moral perspectivas. Um amor perdido para o rio, um espírito preso à tristeza e um sussurro que paira pela noite.
O Rio Han é o coração pulsante de Seul, uma vasta extensão de águas cintilantes que testemunhou séculos de história ao longo de suas margens. Durante o dia, é um lugar de risos, onde casais passeiam de mãos dadas, crianças correm atrás de pipas e músicos de rua preenchem o ar com melodias. Mas à noite, quando a névoa se arrasta baixa sobre a água e as luzes da cidade piscam como estrelas distantes, o rio conta uma história diferente.
Uma história de tristeza. A história de uma noiva que nunca encontrou paz.
A Noiva Fantasma do Rio Han não é um espírito comum. Ela não busca vingança, nem se enfurece. Em vez disso, ela espera—sempre esperando, procurando, esperando encontrar algo que perdeu há muito tempo. Quem a vê descreve a mesma imagem: uma mulher em um hanbok branco fluido, de pé na margem da água, olhando para as profundezas como se esperasse alguém surgir do rio.
Alguns dizem que ela é inofensiva, apenas um eco do passado. Mas outros insistem que, se ela chamar seu nome, você não deve responder—pois se o fizer, pode se ver atraído para o rio, incapaz de resistir ao abraço doloroso de sua tristeza.
Esta é a história dela. Seul, 1923. Em uma tranquila hanok próximo ao Rio Han, Seo Ha-eun sentava-se junto à janela, ouvindo o som da água batendo na margem. Era um som que ela conhecia desde a infância, uma canção de ninar que sempre a confortava. Mas naquela noite, parecia diferente. Ela traçou o delicado bordado de sua manga com os dedos trêmulos. Amanhã, ela se tornaria a esposa de Choi Joon-ho, a nora de uma das famílias mais poderosas de Seul. Era um casamento arranjado por seu pai, uma união destinada a elevar o status da família. Era também um casamento que ela não queria. Porque seu coração pertencia a Lee Min-jae. Min-jae era tudo o que Joon-ho não era—gentil, amável e livre do peso de um nome nobre. Ele era filho de pescador, com mãos ásperas de tanto lançar redes, e seu riso era quente como o sol em um dia de verão. Eles passaram inúmeras horas roubadas debaixo dos salgueiros à beira do rio, sussurrando sonhos de fugir juntos. E agora, era hora. Ela havia enviado uma mensagem a ele naquela noite, instruindo-o a encontrá-la em seu lugar secreto. Ela esperaria lá até que ele chegasse, e juntos, fugiriam antes do amanhecer. Seu coração pulsava enquanto ela saía silenciosamente de seu quarto, suas roupas de noiva escondidas sob um manto simples. A noite estava fresca, o ar carregado com o cheiro da névoa do rio. Ela se apressou em direção aos salgueiros, seus pés conhecendo o caminho pela memória. E então, ela esperou. Minutos se transformaram em horas. A lua viajou pelo céu, lançando ondulações prateadas na superfície do rio. Mas Min-jae nunca chegou. Seus dedos apertavam a fita em suas mãos, a mesma fita que ele um dia amarrou em seu pulso como uma promessa de amor. Será que ele mudou de ideia? Algo aconteceu com ele? Quando a luz do amanhecer rompeu no horizonte, ela soube que seu destino estava selado. Ela voltou para casa em silêncio. Aquela noite, ela se tornou a noiva de Choi Joon-ho. Joon-ho era um homem de disciplina, criado para valorizar a honra acima de tudo. O nome da sua família era seu orgulho, e sua esposa seria uma extensão desse orgulho. A princípio, ele tratava Ha-eun com uma polidez fria. Mas, conforme os dias se transformavam em semanas, ele notava a maneira como ela evitava seu toque, como se encolhesse ao ouvir sua voz, como ela contemplava a janela à noite, sempre em direção ao rio. Rumores chegaram aos seus ouvidos. Os servos sussurravam sobre o filho de um pescador, sobre encontros noturnos debaixo dos salgueiros. Uma noite, enquanto Ha-eun estava sentada em sua penteadeira, escovando o cabelo, Joon-ho ficou atrás dela. Sua voz estava calma, demais. "Você me ama, Ha-eun?" Ela congelou, seus dedos apertando firmemente a escova. "Você é meu marido," ela disse, escolhendo as palavras com cuidado. Seu reflexo no espelho escureceu. "Não foi isso que perguntei." O silêncio entre eles se estendeu. E então, sem aviso, ele avançou e agarrou seu pulso, virando-a para encará-lo. "Quem é ele?" A respiração de Ha-eun parou. "Eu... eu não sei do que você está falando." Mas ele viu o brilho de medo em seus olhos. Naquela noite, Joon-ho a seguiu. O Rio Han estava calmo, a água lisa como vidro sob a luz do luar. Ha-eun estava de pé debaixo do salgueiro, segurando a fita que Min-jae lhe dera. Ela não tinha certeza por que ainda vinha aqui. Talvez, lá no fundo, ainda esperasse vê-lo. Um passo suave atrás dela a fez se virar. Mas não era Min-jae quem estava ali. Era Joon-ho. Seus olhos ardiam de fúria. "Então é verdade," ele sussurrou. "Você ainda espera por ele." "Joon-ho, por favor," Ha-eun implorou, recuando. "Deixe-me explicar—" Mas seu rosto se contorceu de raiva. "Você me humilhou," ele sibilou. "Eu te dei tudo, e ainda assim, você anseia por outro." Ha-eun tentou fugir, mas ele agarrou seu pulso, arrastando-a em direção à margem da água. "É aqui que você esperava por ele?" ele rosnou. "Você ainda sonha em fugir?" Ela lutou, mas seu aperto era inflexível. O rio lambia seus pés, frio e implacável. "Você nunca vai me deixar," ele jurou. E então, com um último empurrão, ele a soltou. O rio a levou em silêncio. Dias depois, encontraram seu corpo a jusante, seu hanbok branco esvoaçando como pétalas fantasmagóricas na superfície da água. Seus olhos estavam fechados, seus lábios entreabertos como se tivesse chamado um nome em seu último suspiro. Min-jae foi o primeiro a ouvir a notícia. Ele não chorou. Não gritou. Simplesmente caminhou até o rio e entrou na água, seguindo-a para a escuridão. Nunca encontraram seu corpo. Mas isso não foi o fim. Porque logo, começaram os sussurros. Uma mulher de branco, vista de pé na margem do rio. Uma voz suave chamando um nome no vento. Passos entrando na água, mas nunca retornando. A Noiva Fantasma do Rio Han havia nascido. Seul nos dias atuais. Kim Ji-hoon nunca acreditou em fantasmas. Ele era jornalista, um homem de lógica. Mas uma noite, enquanto caminhava ao longo do rio, um calafrio percorreu sua espinha. Ele se virou, e lá estava ela—a mulher de branco, de pé sob o salgueiro. Ela levantou o olhar para ele. Seus lábios se entreabriam. "Min-jae?" A respiração de Ji-hoon falhou. O ar ficou denso. A névoa enrolou-se ao redor de seus pés. E então, ela começou a se mover em sua direção. Ele correu. Mas atrás dele, o sussurro continuava. *"Min-jae... onde você está?"* O Rio Han ainda flui, suas águas profundas em segredos. E em certas noites, quando a névoa se arrasta baixa e o mundo está quieto, você pode ouvi-la. Chamando. Esperando. Procurando pelo amor que perdeu. Então, se algum dia você caminhar sozinho pelo Rio Han e ouvir uma voz no vento—faça o que fizer—não responda.O Noivado
O Casamento Implacável
O Abraço do Rio
Um Amor que Nunca se Apaga
A Última Testemunha
Epílogo: Um Aviso no Vento