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Sobre a História: A Dançarina Maldita de Cuenca é um Legend de ecuador ambientado no 19th Century. Este conto Descriptive explora temas de Loss e é adequado para Young. Oferece Cultural perspectivas. A graça de uma dançarina se transformou em horror—uma vez que começou, ela nunca poderia parar.
Nas terras altas do Equador, onde as nuvens abraçam os picos andinos e os rios sussurram por antigas ruas de paralelepípedos, está Cuenca—a cidade congelada no tempo. Sua arquitetura colonial, grandiosas catedrais e varandas iluminadas por velas contam histórias mais antigas que a memória. Algumas dessas histórias são belas, repletas de amor e triunfo. Outras são avisos, sussurrados de uma geração para a próxima.
Uma dessas histórias sobreviveu aos séculos. Um conto de beleza, graça e uma maldição indescritível. A lenda da Bailarina Amaldiçoada de Cuenca.
Dizem que, há muito tempo, uma mulher chamada Isabella Moreno podia cativar uma sala apenas com o movimento de seus pés. Ela era mais que uma dançarina; era uma encantadora. Mas o destino é cruel com aqueles que brilham demais.
Esta é a história da noite em que Isabella dançou rumo à eternidade. Isabella Moreno nasceu com um dom. Desde o momento em que aprendeu a andar, ela dançava. Diziam que, mesmo criança, o ritmo do mundo corria em suas veias, tornando seus movimentos tão fluidos quanto as águas do Rio Tomebamba. Aos dezessete anos, ela já era a artista mais procurada de Cuenca. Quando Isabella dançava, o próprio tempo parecia pausar, como se o universo prendesse a respiração para observá-la. O mercado silenciava, as tavernas esvaziavam e até os padres da Catedral da Imaculada Conceição interrompiam suas orações noturnas para admirar sua graça hipnotizante. Sua fama logo alcançou os ouvidos do Governador Esteban de la Vega, um homem conhecido por seus encontros extravagantes e insaciável sede por entretenimento. E assim, chegou o convite—um pedido para que Isabella se apresentasse no Grande Baile. O Grande Baile era o ápice da alta sociedade em Cuenca. Nobres, dignitários estrangeiros e as famílias mais ricas do Equador se reuniam nos opulentos salões da mansão do Governador. Ser convidada era uma honra. Performar era um privilégio. Isabella deveria estar eufórica. E ainda assim, quando segurou o convite nas mãos, um calafrio percorreu sua espinha. Uma voz—suave, distante, mas inconfundível—sussurrou em seu ouvido. *"Não vá."* Ela se virou, mas a sala estava vazia. Ela deveria ter ouvido. A mansão do Governador erguia-se como um palácio no topo da colina, seus lustres dourados brilhando através das janelas arqueadas, seus salões preenchidos com o aroma de jasmim e vinho. Isabella chegou vestida com um vestido da cor das brasas, com bordados dourados que reluziam como a última luz de um sol moribundo. Suspiros varreram o salão de baile ao seu ingresso, todos os olhos atraídos para ela como se fosse uma rainha entre mortais. Movendo-se graciosamente, cumprimentava os dignitários, oferecendo sorrisos educados, mas uma estranha inquietação se instalava em seu peito. A luz das velas tremia de forma antinatural. O ar parecia demasiado estático, demasiado pesado. E então, ela o viu. Um homem vestido completamente de preto estava na borda do salão de baile. Seu rosto estava escondido sob uma máscara—uma peça ornamentada, com bordas douradas, sua expressão congelada em um sorriso inquietante. Diferente dos outros convidados, ele não aplaudia quando os músicos tocavam. Não tomava goles de um cálice de cristal nem participava de conversas fiadas. Ele simplesmente observava. No momento em que seus olhos se encontraram, ele se moveu. Sem uma palavra, estendeu a mão. Um silêncio caiu sobre a sala. Os músicos hesitaram, as risadas cessaram. Uma expectativa não dita encheu o ar. Isabella hesitou. Algo profundo dentro dela gritava não. Mas ela era Isabella Moreno, o orgulho de Cuenca. E assim, ela colocou sua mão na dele. A música recomeçou, desta vez mais lenta, mais profunda. E eles dançaram. A princípio, foi bela. Seus movimentos eram sem esforço, sincronizados como se tivessem ensaiado por anos. Isabella sentiu-se leve, carregada pela música, perdida no ritmo. Mas logo, algo mudou. A pegada do estranho apertou-se. Seus passos tornaram-se mais rápidos, mais agudos, forçando-a a acompanhar seu ritmo. Os violinos uivavam, os tambores batiam como um coração acelerado. O ar no salão de baile engrossava, as chamas das velas se esticavam de forma antinatural. A respiração de Isabella tornava-se ofegante e irregular. Ela tentou se soltar, mas o aperto do estranho era de ferro. O mundo ao seu redor desfocava, as paredes pareciam torcer e dobrar. Os rostos dos convidados distorciam-se, seus olhos ocos, suas bocas esticadas em gritos silenciosos. Um sussurro ecoou em sua mente. *"Você nunca deveria ter dançado comigo."* O terror a dominou. Ela abriu a boca para gritar, mas nenhum som escapou. Seus pés moviam-se contra sua vontade. A dança continuava. Os convidados fugiram em horror, seus gritos cortando a noite. Os músicos largaram seus instrumentos, correndo para a segurança da igreja. Mas Isabella dançava ainda. Seu corpo não lhe pertencia mais. Seus pés batiam contra o chão, mais rápidos, mais fortes, até que o mármore sob ela rachou. Seus braços agitavam-se, sua respiração vinha em soluços desesperados. Seu coração pulsava em agonia. E então— Seu corpo convulsionou. Um último giro violento. Ela desabou aos pés da grande escadaria. Silêncio. O salão de baile, antes cheio de risos e música, estava vazio. Os lustres tremiam, o aroma de jasmim foi substituído por algo fétido, algo podre. O estranho havia desaparecido. E Isabella estava morta. Cuenca lamentou. O Governador realizou um funeral, grandioso e elaborado, com lírios brancos e velas douradas alinhando os degraus da catedral. Mas não havia paz para Isabella. Ela não descansava. Semanas depois, sussurros se espalharam. À meia-noite, quando as ruas estavam silentes e o vento trazia o cheiro da chuva, uma sombra movia-se pela Praça de San Francisco. Ela deslizava, girando, seus pés nunca tocando o chão. Aqueles que a viam afirmavam que podiam ouvir música—suave, assombrada. Um a um, os jovens de Cuenca começaram a desaparecer. Cada um sido encontrado dias depois, seus corpos curvados em vielas, seus pés ensanguentados, suas expressões congeladas de horror. Eles haviam dançado até a morte. A cidade vivia com medo. Padres realizavam exorcismos, água benta era borrifada pela mansão do Governador, mas os sussurros nunca cessavam. Até hoje, o povo de Cuenca alerta os viajantes: Nunca dance na Praça de San Francisco sob a lua cheia. Nunca dance com um estranho que não pisca. E se você ouvir o sussurro— *"Dance comigo."* Fuja. Alguns chamam isso de superstição. Outros chamam de verdade. Mas uma coisa é certa: a história de Isabella nunca se desfez. Em 1998, um turista visitando Cuenca jurou que viu uma mulher vestida de branco dançando na antiga praça. Quando piscou, ela havia desaparecido. Mas na manhã seguinte, ele acordou com os pés doloridos, como se tivesse dançado a noite inteira. E, no ano passado, um músico de rua alegou que, em uma noite tranquila e iluminada pela lua, seu violino tocava sozinho, as notas tecendo uma melodia fantasmagórica. A melodia amaldiçoada de Isabella Moreno. A bailarina amaldiçoada de Cuenca.A Encantadora de Cuenca
O Grande Baile e o Estranho
A Dança da Perdição
A Maldição se Agarra
Um Fantasma Entre os Vivos
A Maldição Perdura
Epílogo: As Últimas Aparições