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Sobre a História: Por que a Hiena Manqueia é um Folktale de zambia ambientado no Ancient. Este conto Descriptive explora temas de Wisdom e é adequado para All Ages. Oferece Moral perspectivas. A ganância astuta de uma hiena o leva a uma lição para toda a vida — e a um coxear que nunca desaparece.
Há muito tempo, antes que os homens andassem sobre a terra, antes que os rios esculpissem seus caminhos pelo solo e antes que as grandes árvores de baobá se erguissem majestosas, os animais viviam em um mundo de equilíbrio. O leão governava as planícies com sua força, o elefante com sua sabedoria e a lebre com sua astúcia. Cada animal tinha seu lugar, seu papel e seu dever.
Mas havia uma criatura que se recusava a seguir as regras — a Hiena.
A hiena não era a mais forte nem a mais sábia. Ela não era a mais rápida nem a mais habilidosa. Mas o que lhe faltava em habilidade, compensava com truques. Era uma escavadora, uma ladra e uma enganadora. Tinha uma fome insaciável, uma barriga que nunca parecia cheia e uma mente que nunca parava de tramando.
Esta é a história de como a Hiena, através de sua própria ganância e tolice, passou a andar mancando. Uma lição transmitida de geração em geração, lembrando a todos que a ouvem que aqueles que tomam sem dar, que enganam em vez de trabalhar, sempre se encontrarão à mercê de suas próprias más ações.
A hiena estava sempre com fome. Não importava se acabava de comer, se sua barriga estava redonda e cheia — seus olhos ainda buscavam a próxima refeição. Enquanto os outros animais trabalhavam duro por sua comida, a hiena preferia deixar que outros fizessem o trabalho por ela. Numa tarde quente, enquanto se deitava à sombra de uma árvore de acácia, suas orelhas se agitaram. Ela ouviu o suave farfalhar das folhas e o som tênue de mastigação. Era a Lebre, sentada em uma pedra, mordiscando raízes doces que havia escavado do chão. A boca da hiena salivou. Ela lambeu os lábios e se aproximou lentamente. — Lebre, minha querida amiga — disse ela suavemente, com uma voz doce como mel. — Que refeição maravilhosa você tem aí! Com certeza, uma alma generosa como a sua não se importaria de compartilhar com uma velha amiga? A lebre, que já tinha vivido o suficiente para conhecer os truques da hiena, semicerrava os olhos. — Trabalhei duro por estas raízes, Hiena. Se você quer algumas, deveria cavar pelas suas próprias. A hiena suspirou dramaticamente. — Ah, mas minhas pobres patas doem, minha amiga. Tenho caminhado o dia todo em busca de comida e, infelizmente, não encontrei nada. A lebre sorriu ironicamente. — Talvez seja porque você passa seu tempo tramando em vez de procurar. A hiena rangeu os dentes, sua cauda balançando de irritação. Mas não discutiu. Em vez disso, forçou um sorriso e se retirou sorrateiramente, já pensando em outra maneira de encher sua barriga. Não muito longe de onde a lebre estava, o grande Leão acabara de fazer uma caça. O rei da savana, de juba dourada, festejava-se com um grande búfalo, rasgando carne e ossos com facilidade. O cheiro de carne fresca preenchia o ar, fazendo o estômago da hiena roncar. Ela lambeu os lábios. O leão sempre deixava algo para trás. E a hiena sempre estava lá para reivindicar. Enquanto o leão terminava sua refeição, esticava-se, bocejava e balançava a cauda antes de se afastar para a sombra para tirar uma soneca. No momento em que ele desapareceu, a hiena avançou, suas patas silenciosas sobre a terra seca. Mas, assim que alcançou a carcaça, um rosnado agudo a paralisou. Chacal. O chacal era menor, mas astuto, e havia chegado primeiro. Seus olhos amarelos brilhavam enquanto mostrava os dentes. — Cheguei antes, Hiena — disse o chacal, com uma voz suave, mas firme. As orelhas da hiena se achatavam. — E o que você sugere que façamos a respeito? O chacal sorriu. — Um concurso. Ambos pegamos um pedaço de carne. Quem comer mais rápido pode reivindicar o resto. Os olhos da hiena brilharam. Ela tinha certeza de que podia comer mais rápido que o chacal. Então, ambos rasgaram um pedaço de carne. A hiena engoliu o seu em segundos, lambendo os bigodes em triunfo. Mas quando olhou para cima, o chacal não havia comido o seu. Em vez disso, virou-se e disparou — com toda a carcaça. O riso da hiena transformou-se em um uivo de raiva. — Enganada de novo! — rosnou ela. Determinado a encontrar algo para comer, a hiena vagou até a borda da floresta, onde viu o Babuíno sentado em uma árvore, mergulhando os dedos em favos de mel dourados. O estômago da hiena ronrou. Ela amava mel — sua doçura, sua riqueza. — Babuíno, meu caro e sábio amigo! — chamou a hiena. — Que banquete você tem! Com certeza, uma criatura bondosa como você não deixaria uma alma pobre e faminta sofrer? O babuíno sorriu ironicamente. — Se você quer mel, suba e pegue você mesmo. A hiena hesitou. Não era feita para escalar, mas sua fome era esmagadora. Ela subiu na árvore, patas escorregando na casca, até finalmente alcançar um galho. No momento em que estendeu a pata para o mel, as abelhas o cercaram. A dor explodiu em seu rosto enquanto pequenos ferrões perfuravam sua pele. Ela uivou de agonia, perdeu o equilíbrio e despencou no chão com um BOFFO. O babuíno gargalhou. — Talvez agora você aprenda que a ganância não compensa! A hiena gemeu, lambendo suas feridas, mas ainda assim, não havia aprendido nada. Dias se passaram, e a barriga da hiena permaneceu vazia. Então, numa noite, ela tropeçou na Tartaruga, sentada ao lado de uma grande pedra luminosa. — O que é isso? — perguntou a hiena. A tartaruga, lenta e sábia, respondeu: — Isto não é uma pedra comum. É um presente dos espíritos. Bata três vezes, e ela proverá um banquete. Mas tome cuidado, Hiena — não seja gananciosa. Os olhos da hiena brilharam. — Deixe-me tentar! Ela bateu três vezes e sussurrou: — Oh, grande pedra, conceda-me um banquete! Uma grande refeição de carne assada e frutas doces apareceu diante dela. A hiena devorou tudo, mas assim que terminou, quis mais. Bateu de novo. E de novo. E de novo. Cada vez, a pedra obedecia. Então, de repente, a pedra rachou. O chão tremeu. A terra sob ela se abriu. A hiena soltou um terrível grito enquanto caía em um fundo profundo. Durante dias, a hiena permaneceu no fundo do buraco, clamando por ajuda. Mas os animais não vieram. Todos haviam aprendido a lição — a hiena nunca dava, apenas tomava. Finalmente, as chuvas vieram. A água amoleceu a terra, e a hiena conseguiu cavar seu caminho de saída. Mas sua perna traseira, esmagada pela queda, nunca mais foi a mesma. Ela mancou a partir daquele dia, uma sombra quebrada da astuta trapaceira que já foi. E assim, até hoje, quando você ver uma hiena mancando pela savana, lembre-se desta história. Lembre-se de que a ganância e os truques podem encher sua barriga por um tempo — mas, no final, sempre o deixarão vazio.Uma Barriga que Não Conhece Descanso
As Sobras do Rei
O Sabor Amargo do Mel
A Pedra Mágica
A Sombra Manca
O Fim.