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Sobre a História: O Rei Urso Branco Valemon é um Fairy Tale de norway ambientado no Medieval. Este conto Descriptive explora temas de Courage e é adequado para All Ages. Oferece Moral perspectivas. A busca de uma princesa para quebrar uma misteriosa maldição e salvar o Rei Urso Branco.
Era uma vez, em um reino distante no coração da Noruega, vivia um rei cuja filha mais nova era renomada por sua beleza e bondade. Seus cabelos dourados brilhavam como a luz do sol, e seus olhos cintilavam como os fjords mais claros. O reino era pacífico, mas havia um ar de mistério que sempre pairava nas bordas das florestas e montanhas. Alguns diziam que era por causa das lendas de criaturas e reis há muito esquecidos, mas a maioria das pessoas as descartava como meros contos de fadas.
Em uma parte remota desse mesmo reino, cercada por imponentes pinheiros e montanhas cobertas de neve, vivia um rei encantado que havia sido amaldiçoado a viver na forma de um grande urso branco. Seu nome era Valemon, e por muitos anos ele vagava em sua forma de urso, incapaz de recuperar sua forma humana, a menos que a maldição fosse quebrada. Apenas uma alma corajosa com um coração puro poderia levantar a maldição, mas o tempo o havia tornado tanto temido quanto reverenciado entre o povo da terra. Sua lenda se espalhou por vilarejos, alcançando os ouvidos de muitos, mas ninguém ousava se aproximar dele.
Em uma noite de inverno, enquanto o sol se punha atrás das montanhas recortadas e os primeiros flocos de neve começavam a cair, o urso branco apareceu diante da filha mais nova do rei. Ela estava recolhendo lenha quando, através da névoa fria, viu a enorme figura se aproximar. Apesar de seu tamanho e aparência feroz, havia algo estranhamente gentil nele. Seus olhos, embora da cor do gelo, não mostravam malícia.
"Eu sou Valemon, amaldiçoado a ser um urso de dia e homem à noite", disse o urso, com uma voz profunda e triste. "Venho a você com uma proposta. Se você vier comigo de bom grado, viver ao meu lado e nunca me ver como um homem até que três anos se passem, eu serei livre desta maldição."
A princesa, que era tanto curiosa quanto compassiva, sentiu pena de Valemon. Ela acreditava em seu coração que ninguém merecia viver em tormento. Então, apesar do medo que a dominava, ela assentiu.
“Eu irei com você”, disse ela suavemente, com a voz firme apesar da incerteza que rondava sua mente.
O urso branco não perdeu tempo. Com uma grande rajada de vento que fez a neve rodopiar ao redor deles, ele a conduziu para o coração da floresta, longe do calor de sua casa e da segurança do reino de seu pai. Eles viajaram até chegarem a um magnífico palácio escondido entre altos penhascos, onde nenhum pé humano jamais havia pisado. Lá, a princesa encontrou um grande castelo, repleto de tesouros e salas de beleza inimaginável. Era seu novo lar.
À medida que os dias se transformavam em semanas, a princesa percebeu que o urso a tratava com grande cuidado e respeito. Todas as noites, após o pôr do sol, ele desaparecia na escuridão, e ela ouvia os passos silenciosos de um homem caminhando ao lado de sua cama, mas manteve sua promessa e nunca tentou olhar para ele. Sua curiosidade corroía seu coração, mas sua determinação permanecia firme.

Pelas manhãs, ela acordava para encontrar o urso branco mais uma vez ao seu lado, protegendo-a. Lentamente, ela começou a ver além do exterior bestial. Eles caminhavam pelos jardins do palácio e exploravam a vasta natureza ao redor, e ela passou a amá-lo, não apenas por sua bondade, mas também pela alma que se escondia por trás da pele e das garras.
Um dia, a princesa recebeu uma carta de seu pai, pedindo que ela voltasse para casa para uma visita. Já faziam quase três anos desde que ela partiu, e sua família sentia muita falta dela. O urso branco, Valemon, deu seu consentimento, embora estivesse hesitante.
“Você pode ir, mas não deve falar sobre mim ou sobre a natureza da minha maldição para ninguém”, ele a advertiu. “E lembre-se, no momento em que você me vir como homem, a maldição assumirá uma forma mais cruel.”
A princesa prometeu que seguiria suas palavras e, com o coração pesado, retornou ao castelo de seu pai. Ao chegar, sua família ficou radiante em vê-la, mas notaram algo diferente nela. A luz em seus olhos havia mudado, como se ela carregasse um segredo pesado demais para palavras. Suas irmãs, tão curiosas como eram, começaram a perguntar sobre sua vida no palácio, e embora ela tentasse desviar as perguntas, eventualmente, elas a venceram.
Numa noite, sua irmã mais velha veio até ela com um plano. “Se você realmente ama esse homem misterioso, merece saber quem ele é. Hoje à noite, enquanto ele dorme, pegue esta vela e acenda-a. Olhe para ele na escuridão, e você verá a verdade.”
A princesa hesitou, lembrando-se do aviso de Valemon. Mas sua curiosidade, há muito enterrada sob seu amor pelo urso, começou a ressurgir. Naquela noite, quando o homem veio para sua cama e se deitou ao lado dela, ela esperou até que sua respiração diminuísse e então, tremendo de medo e excitação, acendeu a vela.

Diante dela, no suave brilho da chama, ela viu não um monstro, mas um belo jovem rei com cabelos dourados e traços gentis. Seu rosto, livre do fardo de sua maldição, era mais bonito do que ela poderia imaginar. Dominada pela emoção, a princesa se inclinou para beijá-lo, mas, ao fazê-lo, uma gota de cera quente caiu da vela em seu peito.
Valemon acordou assustado e viu o que ela havia feito. Seu rosto se encheu de tristeza.
“Eu te avisei”, disse ele, com a voz embargada de pesar. “Agora a maldição me prenderá a um destino mais duro. Eu devo te deixar.”
Antes que a princesa pudesse detê-lo, ele desapareceu na noite, deixando-a sozinha na fria sala. Em seu desespero, ela chorou pela perda do homem que havia começado a amar. No entanto, estava determinada a não desistir. Sabia que, em algum lugar, Valemon estava sofrendo por causa de suas ações, e jurou consertar isso.
A princesa partiu em uma longa jornada para encontrá-lo. Por dias, viajou por florestas e montanhas, procurando qualquer sinal do rei urso branco. Pelo caminho, encontrou uma sábia anciã que vivia em uma pequena cabana na beira do mundo.
“Você procura Valemon, o Rei Urso Branco”, disse a mulher, com os olhos brilhando de conhecimento. “Ele foi levado para uma terra distante, onde será forçado a se casar com uma princesa troll, a menos que você possa salvá-lo.”
A princesa, cheia de determinação, perguntou como poderia alcançar essa terra distante. A velha entregou a ela três presentes mágicos: um par de tesouras douradas, um pente de marfim e um pano que brilhava como luz das estrelas.
“Estes te ajudarão pelo caminho”, explicou a anciã. “Mas lembre-se, o caminho não será fácil. Você precisará de grande coragem e astúcia para ter sucesso.”
Com os presentes mágicos em mãos, a princesa continuou sua jornada, atravessando montanhas traiçoeiras e florestas sombrias. Enfrentou muitos perigos, desde feras selvagens até espíritos travessos, mas cada vez usava um dos itens mágicos para ajudá-la. As tesouras cortavam os espinhos mais grossos, o pente domava rios selvagens e o pano a protegia de tempestades ferozes.
Após uma longa e perigosa jornada, finalmente chegou ao reino dos trolls. Lá, descobriu que Valemon havia sido capturado e estava sendo mantido prisioneiro pela princesa troll, que o havia forçado a um noivado. A princesa, no entanto, não estava disposta a desistir.
Naquela noite, usando os presentes da velha, ela criou itens maravilhosos—vestes bonitas e tesouros deslumbrantes—que chamaram a atenção da princesa troll. Desejando esses objetos mágicos, a princesa troll concordou em permitir que a verdadeira princesa passasse três noites com Valemon, embora sob condições estritas.
Nas duas primeiras noites, a princesa troll deu a Valemon uma poção para dormir, e embora a verdadeira princesa estivesse ao seu lado, ele não despertava. Desesperada e de coração partido, ela chorava durante a noite, mas ainda assim, não desistiu.

Na terceira noite, um servo bondoso, que havia visto a tristeza da princesa, avisou-a sobre a poção e deu-lhe uma maneira de contrariá-la. Naquela noite, quando a princesa troll novamente drogou Valemon, a verdadeira princesa estava preparada. Ela derramou o antídoto na bebida dele e, finalmente, enquanto a lua se erguia alta no céu, Valemon acordou.
A maldição, agora completamente revelada e quebrada por seu amor inabalável, começou a se desfazer.
“Você me salvou”, sussurrou Valemon, com a voz cheia de gratidão e admiração. “Estou livre.”
Juntos, escaparam do reino troll, com os corações cheios de alegria e alívio. Enquanto retornavam para casa, o amor entre eles só crescia mais forte. Quando finalmente chegaram ao palácio de Valemon, o encantamento estava totalmente quebrado, e Valemon foi restaurado ao seu lugar legítimo como rei.
A princesa tornou-se sua rainha, e os dois governaram juntos em paz e harmonia, com um amor mais forte do que qualquer maldição.

E assim, o Rei Urso Branco Valemon e sua amada rainha viveram felizes para sempre, com sua história passada de geração em geração como um conto de coragem, amor e a força para superar até os encantamentos mais sombrios.