Tempo de leitura: 6 min

Sobre a História: O Pássaro Dourado e o Príncipe Hazara é um Legend de afghanistan ambientado no Ancient. Este conto Descriptive explora temas de Courage e é adequado para All Ages. Oferece Moral perspectivas. A busca de um príncipe por um pássaro mítico se transforma em uma jornada de destino, traição e redenção.
Há muito tempo, nas majestosas terras do Afeganistão, onde montanhas imponentes sussurravam para o céu e vales antigos escondiam segredos do passado, vivia um nobre príncipe do povo Hazara—Príncipe Arman de Bamiyan. Sábio, corajoso e justo, ele estava destinado a herdar o reino de seu pai. Mas uma grande escuridão havia caído sobre a terra—as colheitas murchavam, os rios secavam e a doença se espalhava pelo reino como uma maldição inabalável.
Os sábios falavam de uma lenda esquecida: o Pássaro de Ouro, uma criatura de luz radiante cujo canto poderia trazer prosperidade ou ruína. Diziam que residia no místico Vale de Nuristan, escondido além de paisagens traiçoeiras e guardado por forças mágicas. Muitos haviam buscado o pássaro, mas nenhum jamais havia retornado.
Com seu reino à beira da ruína e seu pai no leito de morte, o Príncipe Arman fez um voto—iria buscar o Pássaro de Ouro e trazer esperança de volta para seu povo.
A cidade de Bamiyan, que antes era um lugar de grandeza, agora estava em desespero. As pessoas falavam em sussurros, seus rostos marcados por preocupação e fome. Dentro do palácio real, o Rei Daryush jazia fraco em sua cama, sua forma antes poderosa reduzida à fragilidade. “Pai,” sussurrou Arman, ajoelhando-se ao seu lado. “Eu encontrarei o Pássaro de Ouro e restaurarei nossa terra.” O rei, demasiado fraco para falar, colocou sua mão trêmula no ombro do filho, seus olhos cheios de orgulho e tristeza. “Tenha cuidado, meu filho,” disse a rainha, com a voz embargada. “O mundo além destas muralhas está cheio de perigos.” Arman pegou sua espada, montou seu imponente garanhão Bahram e partiu em sua missão. Seu único companheiro era Ramin, um viajante astuto que uma vez havia salvado Arman de uma emboscada na juventude. Juntos, eles cavalgavam para o desconhecido, guiados apenas pelos sussurros da lenda. Enquanto viajavam pelas montanhas desoladas, o vento carregava vozes estranhas—sussurros que pareciam vir das próprias pedras. Eles haviam alcançado o Vale dos Ecos, um lugar onde almas perdidas falavam em enigmas. “Volte, Príncipe de Bamiyan,” os sussurros advertiam. “A traição caminha com você.” Arman e Ramin continuaram, ignorando as vozes inquietantes, mas suas palavras permaneciam na mente de Arman. Após horas de cavalgada, eles alcançaram uma ponte antiga. Um velho homem estava na entrada, seus olhos penetrantes os estudando. “Para cruzar,” ele disse, “é preciso responder a uma pergunta: Qual é o maior fardo de um rei?” Arman pensou por um momento. “Seu povo,” respondeu ele. O velho homem acenou com a cabeça e se afastou. “Você tem sabedoria, jovem príncipe. Mas cuidado—confiança é uma espada de dois gumes.” Enquanto acampavam sob o céu aberto, Ramin olhava para o fogo. “Você acredita nos sussurros, Arman?” “Não,” respondeu Arman. “Eu confio em você.” Mas o destino tinha outros planos. Sem que eles soubessem, um espião havia seguido sua jornada—enviado pelo Rei Shakib, um governante do leste que desejava o Pássaro de Ouro para si mesmo. Naquela noite, o espião infiltrou-se em seu acampamento, roubando seu mapa e desaparecendo na escuridão. Na manhã seguinte, eles acordaram e descobriram que seu mapa havia sumido. “Fomos traídos!” Arman amaldiçoou. Mas Ramin, sempre engenhoso, sorriu. “Não precisamos de um mapa. Eu lembro o caminho.” No entanto, em seu coração, a dúvida começou a crescer. Seu caminho os levou ao Deserto de Sistan, onde o sol escaldava a terra e a água era apenas uma lembrança. No seu coração estava o Oásis das Sete Portas, guardado por um dervixe com olhos como brasas ardentes. “Somente aqueles que resolverem meu enigma poderão beber destas águas e continuar sua jornada,” declarou ele. Ele colocou três objetos diante deles: um punhal dourado, uma tigela de água e uma rosa. “Escolham sabiamente.” Arman os estudou cuidadosamente. O punhal simbolizava poder, a água significava sobrevivência, mas a rosa… a rosa era amor e sacrifício. Ele escolheu a rosa. O dervixe sorriu. “Você escolheu bem, Príncipe de Bamiyan. Vá em frente.” Com força renovada, eles continuaram sua jornada. Além do deserto, eles chegaram a uma densa floresta onde sombras dançavam e as árvores sussurravam segredos esquecidos. Uma melodia assombrosa pairava no ar—o canto do Pássaro de Ouro. “O pássaro está perto,” sussurrou Ramin. Mas antes que pudessem avançar, uma flecha passou voando por eles. Os homens do Rei Shakib haviam chegado. Uma batalha feroz irrompeu—espadas se chocavam, flechas voavam e a poeira os cercava. Arman lutava com a força de dez homens, mas o inimigo era implacável. Então, no caos, Ramin foi atingido. “Não!” Arman gritou, segurando seu amigo ao cair. As respirações de Ramin eram rasas. “Encontre… o pássaro,” sussurrou antes que seus olhos se fechassem para sempre. De coração partido, mas determinado, Arman continuou. Finalmente, alcançou o Sagrado Vale de Nuristan. Lá, no topo de uma árvore de galhos prateados, pousou o Pássaro de Ouro—suas penas cintilando como o sol. Enquanto Arman se aproximava, o pássaro falou. “Você percorreu um longo caminho, mas resta um último teste.” Arman ajoelhou. “Pergunte, e eu responderei.” A voz do pássaro era ao mesmo tempo suave e poderosa. “O que é mais precioso—poder ou amor?” “Amor,” respondeu Arman sem hesitar. “Pois sem amor, o poder é sem significado.” O pássaro soltou um canto tão belo que a própria terra parecia tremer. “Você provou ser digno,” disse ele. “Eu irei com você.” Com o Pássaro de Ouro pousado em seu ombro, Arman retornou ao seu reino. A jornada foi longa, mas a esperança ardia em seu coração. Ao entrar na cidade, as pessoas ficaram boquiabertas. O pássaro alçou as asas e começou a cantar. Uma luz dourada se espalhou pela terra—os rios fluíram novamente, as colheitas floresceram e os doentes, incluindo seu pai, foram curados. O rei levantou-se de sua cama, sua força restaurada. “Meu filho, você nos salvou.” Mas, em meio à alegria, havia tristeza. Arman visitou o túmulo de Ramin, colocando uma pena dourada sobre ele. “Você nunca será esquecido,” sussurrou. Enquanto as pessoas celebravam, Arman olhou para o céu. O Pássaro de Ouro, sua tarefa completa, estendeu suas asas e voou para os céus. A partir daquele dia, Bamiyan floresceu mais uma vez, e o Príncipe Arman tornou-se um rei amado por todos. E assim, a lenda do Pássaro de Ouro continuou viva, um lembrete de que o verdadeiro poder não reside na riqueza ou na força, mas na pureza do coração de alguém.Um Reino em Declínio
O Vale dos Ecos
A Sombra da Traição
O Guardião do Deserto
A Floresta das Ilusões
O Julgamento do Pássaro de Ouro
O Retorno a Bamiyan
Fim.