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Sobre a História: O Elk Dourado da Lapônia é um Legend de sweden ambientado no Contemporary. Este conto Poetic explora temas de Courage e é adequado para All Ages. Oferece Inspirational perspectivas. Uma jornada mística através das selvas geladas da Lapônia, onde a lenda e a realidade se encontram.
As lendas do norte são tão antigas quanto o próprio tempo. Elas viajam no vento uivante, sussurram pelas florestas congeladas e brilham no brilho esmeralda das luzes do norte. Entre essas lendas, nenhuma é tão misteriosa, tão impressionante, como a história do Alce Dourado—a criatura dita tão antiga quanto a própria terra, com seus galhos entrelaçados pela própria luz do sol.
Por gerações, o povo Sami, os habitantes indígenas da Lapônia, tem falado sobre essa besta, um guardião do equilíbrio da natureza. Muitos afirmam ter avistado sua forma dourada entre as árvores, mas nenhum daqueles que tentaram caçá-la jamais retornou. Alguns dizem que é um espírito, um teste para aqueles que se atrevem a persegui-lo. Outros acreditam que é uma maldição.
Erik Holmström, um jovem caçador da região selvagem do norte, nunca deu muita importância às histórias antigas. Até o dia em que viu as pegadas na neve. Até o dia em que olhou nos olhos âmbar da criatura.
Esta é a sua história.
A vila de Jokkmokk, aninhada na beira do Círculo Polar Ártico, repousava sob um espesso manto de neve. O inverno havia se estabelecido profundamente em seus ossos, e o ar carregava o aroma de pinho e terra congelada. Erik Holmström estava sentado junto à lareira em sua cabana, amolando sua faca com movimentos lentos e medidos. O velho rifle de caça de seu pai repousava contra a parede, seu estojo de madeira desgastado suavemente por gerações de mãos. As chamas tremeluziam na lareira, lançando longas sombras pelo chão de madeira rústica. Do lado de fora, uma tempestade se formava. O vento chicoteava as paredes da cabana, sacudindo as janelas. Varg, seu cão lobo, soltou um rosnado baixo de seu lugar perto da porta. Então veio a batida. Três toques fortes—urgentes, insistentes. Erik levantou-se, guardando a faca de lado. Quando abriu a porta, uma rajada de vento gelado entrou correndo, trazendo consigo o cheiro da floresta densa. Lá estava, envolto em peles grossas, Jokke, um dos mais antigos anciãos Sami da região. "Ele voltou," disse Jokke, sua voz um sussurro contra o vento. Erik franziu a testa. "O que?" O velho homem o encarou com um olhar penetrante. "O Alce Dourado." Um calafrio percorreu Erik—não pelo frio, mas por algo mais profundo, algo instintivo. "Pegadas foram encontradas perto do antigo círculo de pedras," continuou Jokke. "Um sinal, exatamente como os anciãos previram. Ele não aparece sem motivo." Erik hesitou. Ele tinha ouvido as histórias toda a sua vida, mas nunca tinha visto provas. Lendas são apenas isso—histórias contadas para evitar que as crianças se percam muito na selva. E ainda assim… Algo nos olhos do velho o fez reconsiderar. Ao amanhecer, Erik partiu. Movia-se pela floresta com a facilidade de quem nasceu para isso, suas botas crocando suavemente sobre a neve. Varg caminhava ao seu lado, seu pelo espesso arrepiado por um desconforto que Erik também sentia. Então ele viu as pegadas. Pegadas massivas, maiores do que qualquer alce deveria ter, afundadas profundamente na neve. Mas não era apenas o tamanho que enviava um arrepio pela espinha de Erik—era o brilho tênue ao redor delas, como se o próprio chão tivesse sido tocado por algo além deste mundo. Ele ajoelhou, passando os dedos sobre as impressões congeladas. A neve abaixo delas brilhava, dourada e estranha. Nenhuma criatura natural deixa pegadas assim. Uma rajada de vento agitou as árvores, e por um breve momento, Erik pensou ter visto algo se movendo entre os pinheiros—um lampejo de ouro contra o branco. Então, como se sentisse seu olhar, a figura desapareceu. Seu coração bateu forte. A caçada havia começado. Quanto mais Erik avançava, mais o mundo se tornava silencioso. Os sons habituais da selva—chamadas de pássaros, galhos rangendo—cairam em uma quietude antinatural. Algo o observava. Horas se passaram, mas ele continuou movendo-se, impulsionado por algo que não conseguia explicar. O alce o havia levado até ali por uma razão. Então, através da névoa, ele o viu. Ele estava à beira de um lago congelado, sua forma banhada pelo suave brilho da alvorada. Seu pelo cintilava como ouro líquido, e seus galhos estendiam-se em direção ao céu como ramos ancestrais. A respiração de Erik ficou presa na garganta. Ele levantou seu rifle—seus instintos de caçador entrando em ação. Mas algo o deteve. O alce virou sua grande cabeça e o olhou. Não com medo. Não com hostilidade. Mas com algo mais profundo, algo que alcançava a própria medula dos ossos de Erik. Compreensão. O rifle de repente pesou em suas mãos. Pela primeira vez na vida, Erik hesitou. E nessa hesitação, o alce desapareceu. Erik seguiu as pegadas mais profundamente na região selvagem, subindo encostas rochosas e passando por ruínas antigas perdidas no tempo. Ele parou de pensar na caça. Não estava ali para matar. Estava ali por algo mais. Então ele chegou a uma clareira, e sua respiração ficou presa. Um monólito de pedra massivo estava diante dele, coberto de runas Sami que pulsavam com uma luz misteriosa. A neve rodopiava ao redor dele, embora nenhuma partisse de sua superfície. O Alce Dourado estava diante do monólito, observando-o. Erik deu um passo à frente, seu coração batendo forte. O alce remexeu a neve, abaixando sua enorme cabeça. Um desafio. Uma escolha. Ele compreendeu agora. Lentamente, Erik largou seu rifle. Dando outro passo à frente, mãos abertas em respeito. O alce não se moveu. Então, em um lampejo de luz dourada, o mundo mudou. Ele não estava mais na floresta. Em vez disso, estava em uma terra de crepúsculo sem fim, onde o céu cintilava com milhares de cores. O ar vibrava com um poder que ele nunca tinha sentido antes. O alce estava diante dele, agora maior, quase divino. "Você me procura," uma voz ressoou—não falada, mas sentida profundamente em sua alma. Erik engoliu em seco. "Eu procuro." O alce o estudou. "Você provou ser digno." Os galhos da criatura brilharam, e de repente, Erik viu—visões do passado, do mundo antes do homem, de um equilíbrio que havia sido quebrado e uma verdade há muito esquecida. Então, tão rapidamente como havia começado, a visão desapareceu. Erik acordou na neve. O monólito pairava diante dele, o vento sussurrando entre as árvores. O alce havia ido embora. Mas em sua mão, ele segurava uma pena dourada. Quando Erik retornou a Jokkmokk, Jokke o esperava. "Você o viu," disse o ancião. Erik assentiu e levantou a pena. Jokke sorriu. "Então você não é mais um caçador, Erik Holmström. Você é um guardião agora." As palavras se instalaram no peito de Erik, pesadas de significado. Ele compreendeu agora. O Alce Dourado não foi feito para ser caçado. Foi feito para ser protegido. E assim, ele ficou. A partir daquele dia, Erik tornou-se uma lenda ele mesmo. Não mais um caçador, mas um protetor da terra. E em noites tranquilas, quando as luzes do norte dançavam sobre as florestas da Lapônia, alguns afirmavam vê-lo caminhando ao lado de um grande alce dourado, um guardião silencioso do norte congelado.O Chamado da Selva
A Caçada Começa
No Desconhecido
O Teste do Guardião
A Verdade Revelada
O Guardião do Norte
Fim.