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Sobre a História: O Arco-Íris é um Legend de ireland ambientado no Contemporary. Este conto Poetic explora temas de Courage e é adequado para All Ages. Oferece Moral perspectivas. Uma jornada pela encantada Irlanda revela o tesouro da verdade e o poder de um desejo.
Irlanda, uma terra repleta de mitos e sussurros do passado antigo, sempre carregou o fascínio da magia. Suas colinas verdes ondulantes abrigam histórias de fadas, banshees e duendes, cujos contos foram passados de geração em geração. Entre elas, a lenda do Arco-Íris era uma das mais cativantes. Ela não falava apenas de um pote de ouro, mas de uma verdade profunda e um desejo que muda a vida esperando em seu final.
Na pequena cidade de Ballymore, aninhada entre colinas enevoadas e prados esmeralda, essa história ressoava com todos. Mas para Aoife O'Donnell, era mais que uma lenda—era um chamado para a aventura, um que ela não podia mais ignorar.
O dia começou como tantos outros em Ballymore, com o orvalho brilhando na grama e o distante balido das ovelhas. No entanto, algo naquele dia parecia diferente. Um arco-íris, vívido e maior do que a vida, se arqueava sobre o horizonte, suas cores mais vibrantes do que Aoife jamais tinha visto. Aoife sentou-se perto da lareira da avó, ouvindo o crepitar rítmico do fogo de turfa. Sua avó, uma mulher cujo rosto carregava as marcas de uma vida bem vivida, compartilhou a lenda novamente naquela manhã. “Dizem que o arco-íris só aparece tão brilhante quando o tesouro que ele guarda chama por um buscador,” disse ela, com a voz tingida de mistério. O coração de Aoife acelerou. Ela sempre foi curiosa sobre a história, mas hoje, algo a impeliu a agir. Com o sol rompendo as nuvens, iluminando o caminho do arco-íris, Aoife sentiu que era a sua hora. “Avó,” disse, com a voz firme, “eu vou encontrar o fim do arco-íris.” Sua avó sorriu de maneira entendida, colocando um pequeno amuleto—um antigo broche de prata em forma de trevo—na mão de Aoife. “Então leve isto, filha. Pertenceu à minha mãe. Vai te guiar quando o caminho parecer incerto.” Aoife preparou sua bolsa com itens essenciais—um pão integral, uma garrafa de chá e um caderno para registrar sua jornada. O ar da manhã estava fresco, e o mundo parecia banhado em um tom dourado. O arco-íris esticava-se pelo céu como uma ponte, convidando-a a seguir. Ela não caminhou muito quando encontrou uma figura peculiar sentada no topo de um muro de pedra. O homem, vestido com roupas desconexas—um casaco de tweed, calças remendadas e um chapéu que era cômicamente pequeno—sorriu maliciosamente para ela quando se aproximou. “Perseguindo arco-íris, está, moça?” perguntou ele, com a voz rouca, porém brincalhona. Aoife parou. “E se eu estiver?” “Ah,” respondeu ele, inclinando o chapéu. “Então você busca o tesouro. Mas tome cuidado, o caminho está repleto de desafios, e o tesouro pode não ser o que você espera.” As palavras enigmáticas do homem não deteram Aoife. Pelo contrário, fortaleceram sua determinação. Antes que pudesse responder, ele lançou-lhe um pequeno pendente de prata em forma de crescente de lua. “Leve isso,” disse ele. “Quando a luz desaparecer, ele mostrará o caminho.” Sem mais palavras, o homem desapareceu entre as árvores, deixando Aoife perplexa, porém intrigada. Ela segurou o pendente firmemente, sentindo seu peso tanto reconfortante quanto misterioso. A jornada levou Aoife por paisagens tanto familiares quanto estranhas. Ela atravessou prados pontilhados de flores silvestres, cujas cores refletiam os tons do arco-íris acima. O ar estava impregnado com o doce aroma de urze e o ocasional canto de uma cotovia. Conforme avançava, o terreno se tornava mais desafiador. Escalou colinas íngremes onde o vento puxava sua trança e navegou por florestas onde o dossel das árvores lançava sombras misteriosas. A bússola que sua avó lhe dera começou a se comportar de maneira estranha, com a agulha girando erraticamente. Uma dessas florestas era particularmente densa, com árvores tão altas que apenas finos raios de sol alcançavam o chão. Ali, Aoife encontrou um melro empoleirado em um galho baixo. Para sua surpresa, o pássaro falou. “Siga-me, buscadora,” chilreou ele, com uma voz clara e melódica. “Eu vou te levar à primeira prova.” Assustada, mas compelida, Aoife seguiu o pássaro. Ele saltitava de galho em galho, guiando-a até uma clareira onde as cores do arco-íris pareciam descer em cascata como uma cachoeira cintilante. Na clareira estava o velho que havia encontrado anteriormente. Sua expressão já não era mais brincalhona, mas solene. “Você chegou longe, moça,” disse ele. “Mas para continuar, deve provar seu valor. Responda a três perguntas, cada uma mais difícil que a anterior. Só então o caminho do arco-íris se revelará.” A primeira pergunta testou a coragem de Aoife. “Qual é o ato mais corajoso que uma pessoa pode realizar?” perguntou o homem, seus olhos fixos nos dela. Aoife pensou em sua avó, que enfrentou as adversidades da vida com graça. “Enfrentar o medo com um coração firme,” respondeu ela. O homem assentiu, e a faixa vermelha do arco-íris pulsou intensamente. A segunda pergunta testou sua compreensão sobre o amor. “Qual é a maior força do amor?” ele indagou. Aoife considerou o amor que sentia por sua família e sua terra natal. “Sua capacidade de resistir, mesmo diante das dificuldades,” respondeu. As faixas laranja e amarela do arco-íris brilharam. A última pergunta foi a mais difícil. “O que você sacrificaria pela felicidade dos outros?” Aoife hesitou. Pensou em seus sonhos e desejos, mas também nas pessoas que estimava. “Eu abriria mão do meu maior tesouro—meu tempo, minha liberdade—para garantir o bem-estar delas,” disse ela, com voz firme. As cores restantes do arco-íris brilharam, e o homem sorriu, sua severidade dando lugar à ternura. “Você passou,” disse ele. “Além deste ponto está o portão para o tesouro. Mas lembre-se, o tesouro nem sempre é ouro.” A luz do arco-íris envolveu Aoife enquanto ela avançava. O mundo ao seu redor transformou-se em um reino de maravilhas. A grama parecia vibrar com vida, e o céu era uma tela de cores em constante mudança. No centro desse reino estava uma árvore diferente de todas as outras—a árvore da luz, com seus galhos alcançando o céu e suas raízes mergulhadas em uma piscina de ouro reluzente. Uma voz emanou da árvore, ressoando profundamente no coração de Aoife. “Você chegou ao fim, buscadora. Faça seu pedido, e será concedido.” Aoife sentiu uma onda de emoções. Ela poderia desejar riqueza, poder ou até mesmo imortalidade. Mas ao estar diante da árvore, percebeu que seus verdadeiros desejos não residiam em ganhos materiais, mas em algo maior. “Desejo sabedoria para guiar meu povo,” disse ela, com a voz firme. “E amor para encher os corações de todos que o buscam.” A árvore pulsou com luz, e um calor como nenhum outro a envolveu. Conhecimento e paz fluíram para ela, um presente muito maior do que ela imaginava. Quando Aoife retornou a Ballymore, ela era uma mulher transformada. Os moradores notaram sua nova sabedoria e bondade. Ela compartilhou suas experiências, inspirando outros a buscar suas verdades e a viver com coragem e amor. O arco-íris continuou a aparecer sobre Ballymore, símbolo de esperança e da magia duradoura da terra. A história de Aoife tornou-se parte da lenda, garantindo que a história do Arco-Íris vivesse por gerações.O Chamado do Arco-Íris
O Início da Jornada
O Início das Provas
Enigmas e Revelações
O Fim do Arco-Íris
Epílogo: O Legado do Arco-Íris