El Muerto: Fantasma Mexicano e a Vingança na Noite do Deserto

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El Muerto: Fantasma Mexicano e a Vingança na Noite do Deserto
El Muerto materializes on a desolate trail under a glowing moon, dust swirling as hoofbeats strike the arid ground.

Sobre a História: El Muerto: Fantasma Mexicano e a Vingança na Noite do Deserto é um Lenda de united-states ambientado no Contemporâneo. Este conto Dramático explora temas de Justiça e é adequado para Adultos. Oferece Cultural perspectivas. Um espectro mexicano retorna sob um céu iluminado pela lua para resolver antigas contas além das fronteiras.

Introduction

Debaixo de uma lua escarlate que brilhava como brasas, o vento açoitava o deserto como um espírito inquieto. Sombras se acumulavam em torno de rochas agudas, e cada cacto parecia tremer em sua presença. Ele surgiu de uma miragem de calor e luz das estrelas: El Muerto, o Morto, cavalgando um corcel espectral cujos ossos tilintavam como cabaças secas. O deserto parecia prender a respiração, aguardando sua próxima ordem. ¡No manches! exclamou, sobressaltado, um coelho-do-mato. O ar noturno tinha gosto de sálvia-do-deserto e ferro. [lighting: soft pastel glow]

Um tilintar repentino soou—esporas rasgando o silêncio como uma maldição não dita. A areia sob os cascos de seu cavalo cantava a cada pegada que queimava a terra, como se o próprio destino gravasse um caminho para esse fantasma. Seus olhos ocos eram vazios de carvão, cintilando com memórias de traição e sangue. Até o uivo distante de um coiote soava contido pelo medo, como se a vida selvagem recuasse ante seu olhar gélido. Um leve aroma de creosoto subiu com a brisa, pegajoso e doce.

Os habitantes das terras fronteiriças trocavam olhares aterrorizados. Portas batiam ao vento. Mães sussurravam preces a santos, palmas pressionadas contra terços que estalavam como metrônomos na luz fraca das velas. Nessas paragens, histórias brotam como rodopiantes arbustos—impossível detê-las depois de ganhar força. Cada ouvido de El Paso a Yuma estremecia diante dos rumores do cavaleiro esquelético cuja vingança não conhecia clemência. A lua sangrava no alto, prometendo acerto de contas sob seu olhar vigilante.

The Midnight Rider Emerges

El Muerto materializou-se na beira de uma estrada empoeirada, como se tivesse emergido das fendas da terra. Sua capa, rasgada e tão pálida quanto luz fantasmagórica, esvoaçava contra suas costelas ocas. O brilho de um lampião em uma hacienda distante tremeluzia, mas ele passou cavalgando sem desviar o olhar. Cada batida de casco soava na terra como um tambor fúnebre, ecoando na noite. [lighting: soft pastel glow]

Image after one paragraph:

Um cavaleiro espectral cavalga por uma estrada deserta sob um céu iluminado pela lua.
Sob uma lua pálida, o esquelético corcel de El Muerto leva seu cavaleiro por uma estrada interminável no deserto, envolta em silêncio.

Blood on the Dunes

O luar escorria pelas dunas ondulantes como prata líquida enquanto El Muerto avançava para o interior daquele deserto inóspito. Não havia qualquer aroma além da maresia distante de flores do deserto embotada na brisa. Cada onda de areia era um mar infinito de pó. Seu olhar oco varria o horizonte, captando todo sinal de movimento—víbora, escorpião ou algo muito mais sinistro.

Uma recordação emergiu como dor fantasma. Ele fora Manuel Reyes, um homem de sonhos amplos como o céu da pradaria. Uma ação torpe manchou seu legado: uma disputa por terras, uma promessa quebrada e a traição daqueles que chamara de irmãos. Sob um céu sem estrelas, suas balas o derrubaram, deixando sua alma à deriva.

Agora ele cavalgava para cobrar aquilo que lhe era devido. As dunas escondiam um acampamento de fora da lei, que aterrorizava viajantes. As fogueiras tremulavam como olhos famintos. O vento trazia o gosto áspero de uísque e tabaco velho, pesado como o próprio pecado. “Écharle ganas,” sussurrou um bêbado, alheio à justiça espectral que se aproximava. [lighting: soft pastel glow]

Ele chegou quando o acampamento estava em seu auge de algazarra. Risadas cortavam o ar, afiadas como arame farpado. Homens se sentavam em tambores inclinados, desafiando a noite com bravatas. Um deles cuspiu para o céu, desafiando o além. Ninguém olhava por sobre o ombro—ninguém, exceto El Muerto.

Um tilintar de ossos anunciou sua aproximação. Eles vasculharam a escuridão. Então, com um eco oco, surgiram as botas engastadas do cavaleiro, seguidas pelo brilho de olhos alvos como crânios. Caiu um silêncio tão repentino que parecia o próprio deserto prendendo o fôlego. Barris tombaram. Cavalos se inquietaram.

O líder dos foras-da-lei sacou seu revólver, a voz falhando: “Você não pode matar o que já está morto!” Uma provocação embebida em desespero. El Muerto inclinou a cabeça. O vento respondeu com um gemido baixo, varrendo areia sobre rastros antigos.

O casco de seu cavalo estalou na quietude. Faíscas de chama azul dançaram ao redor das mãos do cavaleiro enquanto ele invocava uma rajada gélida. A fogueira vacilou e extinguiu-se, a fumaça retorcendo-se em uma máscara fantasma. Então as esporas tilintaram—uma, duas, um réquiem de perdição.

Homens correram em busca de abrigo. Balas faiscaram contra a noite, mas se despedaçaram nos ossos. Ele se moveu como uma estrela cadente, deixando trilhas de geada onde a capa roçava o chão. Um a um, os foras-da-lei caíram, seus gritos engolidos pelas dunas que cintilavam como estilhaços de vidro.

Quando o primeiro brilho da aurora tocou o horizonte, restou apenas o silêncio. Ossos e tendões marcavam impressões dispersas. O ar ainda carregava o cheiro de pólvora gasta e areia chamuscada. El Muerto pausou, erguendo o olhar enquanto o céu sangrava tons de rosa. A justiça fora cumprida sobre dunas que logo apagariam cada vestígio.

Ele prosseguiu, cada batida de casco uma promessa: o livro ainda tinha nomes a preencher, e a noite estava longe de terminar.

Cavaleiro espectral atravessando dunas de deserto iluminadas pela luz prateada sob o brilho do luar.
A montaria esquelética de El Muerto atravessa dunas ondulantes sob uma lua de prata líquida, deixando a justiça gravada em geada e fogo.

Shadows at Agua Fría

Um vento distante fez um sininho tilintar além de um leito de riacho seco quando El Muerto surgiu perto de Agua Fría, uma vila onde as esperanças haviam murchado há muito tempo. Varandas de madeira afundavam como espinhas cansadas. Portas permaneciam entreabertas, revelando casas vazias com ferramentas abandonadas no meio do trabalho. O calor do meio-dia ainda se agarrava ao reboco ressecado, liberando um amargor sutil quando perturbado.

Os moradores reuniam-se na praça, olhos arregalados como codornas assustadas. Sussurravam seu nome como se pronunciá-lo em voz alta pudesse invocar o infortúnio. A velha Dona Inés apertava uma carta dobrada, a mensagem que contava o desaparecimento de seu filho. A cada rajada de vento, as venezianas chacoalhavam como ossos inquietos.

Crianças espiavam por trás de pilares, rostos manchados de poeira e medo. Um cão rosnava para o nada. El Muerto caminhou entre eles, as botas clicando sobre ladrilhos rachados. Seu olhar oco passou pelo poço onde seus entes desaparecidos haviam ido buscar água—e nunca retornaram.

No gabinete do prefeito, encontrou registros mantidos por mãos trêmulas. Petições e documentos legais ostentavam selos e assinaturas manchados por tinta corrupta. Um xerife desonesto havia vendido vidas em troca de ouro, e cada papel era um testemunho de crueldade.

Ele ergueu uma das folhas e viu a tinta se curvar em geada. O perfume de papel antigo pairou como uma confissão final. “Se abre la cuenta,” murmurou. O xerife entrou cambaleando, pálido como giz. Sua arma escorregou da mão, tão leve quanto o remorso.

Um estrondo de trovão soou de lugar nenhum, embora o céu estivesse límpido. A poeira subiu num halo. A capa de El Muerto ergueu-se como por uma brisa invisível. O xerife desabou, lágrimas misturando-se ao suor. A estátua de São Sancho atrás deles parecia derramar lágrimas de alabastro.

A fonte da praça borbulhou, carregando o aroma de laranjas passadas. A multidão prendeu a respiração. Então, tão rápido quanto chegara, ele virou-se e foi embora. Nem uma palavra de triunfo, apenas o ranger dos cascos sumindo no horizonte.

Ao cair da noite, Agua Fría jazia purgada de seus pecados. A lua brilhava fraca sobre ruas vazias, e o aroma de rosa-do-deserto flutuava em silêncio. No alto, estrelas cintilavam como testemunhas silenciosas, e a justiça seguia seu caminho.

Cavaleiro espectral caminhando pela praça desolada de uma aldeia sob a luz da lua.
El Muerto atravessa a praça abandonada de Agua Fría, congelando ações corruptas na geada enquanto passa sob estátuas de santos chorosos.

Dawn of Reckoning

No limite do horizonte, o amanhecer se abriu como um ovo, derramando sangue e ouro pelo céu. El Muerto pausou onde a trilha final encontrava um portão de ferro. Além dele estendia-se La Hacienda del Pecador, o coração da traição que o condenara à morte. Sua silhueta surgia tão vasta quanto um império desmoronado.

Um zumbido de martelos ecoava de dentro, misturando-se ao aroma metálico de vasos sanguíneos explodindo em pânico. Os capatazes se imobilizaram, pás erguidas no meio do movimento. Seu líder, Don Vicente DeLuna, lustra as botas à luz do fogo no pátio. O reflexo brilhava como um sorriso de mentiroso sobre o couro engraxado.

El Muerto desmontou. A terra sob sua capa estalou de geada, rachando o chão seco em padrões irregulares. Os capatazes recuaram, empunhando armas que tremiam em suas mãos. O ar cheirava a terra revolvida e leite derramado.

DeLuna surgiu, chapéu-coco pendendo em ângulo desafiador. “Você está atrasado,” zombou. “A morte não espera por ninguém, mas nossas dívidas, sim.” Sua voz escorria arrogância como mel envenenado.

Os ossos de El Muerto rangiam em resposta. Sua mão pairou sobre a lâmina na cintura—uma espada de aço enferrujado com um brilho sobrenatural. A lâmina vibrou, levantando a névoa da manhã como uma serpente acordando.

Eles se enfrentaram junto ao portão. O aço tilintou contra o osso espectral. Cada golpe sacudia as paredes de adobe. Centelhas brotavam como vagalumes mortais. As botas de DeLuna afundaram na geada instantânea, desequilibrando-o. Ele cuspiu maldições num espanhol fragmentado e inglês torto, tão feias quanto seus crimes.

O golpe final foi um sussurro—um eco de misericórdia há muito negada. A lâmina atravessou o coração de DeLuna como se cortasse o tempo. Ele arfou, olhos arregalados com toda a culpa que carregara. Um tremor final, e caiu. Os capatazes fugiram, nunca olhando para trás.

Sob um céu agora pintado com as cores do amanhecer, El Muerto embainhou sua espada. O portão rangeu ao se fechar. Uma brisa trouxe o perfume de lavanda selvagem das mesas distantes. Ele se voltou para o leste, onde aguardava a próxima lua. A justiça fora feita em La Hacienda del Pecador—mas o livro ainda tinha seu nome.

Cavaleiro espectral duelando um vilão ao amanhecer perto de um portão de fazenda com grades.
À medida que o amanhecer se mistura em tons de carmesim e ouro, a lâmina de El Muerto atinge seu alvo em um confronto final na porta de La Hacienda del Pecador.

Conclusion

A estrada se estendia além de La Hacienda del Pecador, uma fita de asfalto levando a possibilidades infinitas. El Muerto montou seu corcel espectral, ossos tremendo sob seu toque. O vento suspirou por entre suas costelas, carregando o perfume de rosas distantes e céus abertos. A justiça era uma jornada sem fim, e seu livro de contas ainda guardava nomes sussurrados na escuridão. Cada lua marcaria um passo mais perto do descanso.

Ele ergueu a mão oca em despedida aos lugares que libertara da corrupção. A poeira assentou onde as esporas haviam tilintado como sinos de igreja à meia-noite. Ao longe, coiotes responderam com uivos lastimosos, um réquiem por feitos realizados e pendentes. O deserto reclamou seus segredos, dunas alisando pegadas como um escriba invisível apagando a história.

No próximo cruzamento, ele fez uma breve pausa—um voto não pronunciado aos inocentes: não importa quão longa a estrada, não importa quão feroz a noite, ele voltaria onde a maldade se aninhasse. As páginas de sua história viravam-se sob o luar, cada batida de casco uma linha gravada em geada e fogo.

E então ele se foi, engolido por sombras que não concedem clemência aos injustos. A lua navegava, seu brilho carmesim desbotando para prateado. Em algum lugar, um viajante parou, sentindo os pelos da nuca arrepiarem. Um arrepio percorreu o ar, e por um instante, o mundo pareceu estremecer.

Porque El Muerto cavalga adiante—tão inevitável quanto o amanhecer, tão incansável quanto o vento do deserto—até que a última dívida seja paga e o nome final sussurrado na noite.

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