8 min

Baba Yaga
Baba Yaga's hut on giant chicken legs in the mysterious Russian forest.

Sobre a História: Baba Yaga é um Folktale de russia ambientado no Medieval. Este conto Dramatic explora temas de Courage e é adequado para All Ages. Oferece Moral perspectivas. A coragem de uma jovem é colocada à prova em um encontro perigoso com a temível bruxa, Baba Yaga.

No coração da densa floresta russa, um lugar onde as árvores sussurravam segredos e as sombras dançavam ao seu próprio ritmo, vivia uma criatura tanto temida quanto venerada. Seu nome era Baba Yaga. Sua moradia não era uma cabana comum, mas uma que se sustentava sobre pernas de galinha gigantes, girando lentamente quando os ventos sopravam e movendo-se para lugares desconhecidos quando lhe apetecia. As janelas da cabana brilhavam de forma estranha à noite, lançando uma luz ominosa que alertava os viajantes para ficarem longe.

Baba Yaga não era uma bruxa comum. Ela era um ser ancestral, cujas origens se perderam no tempo. Sua aparência era tão aterradora quanto as histórias contadas sobre ela. Tinha um nariz longo e torto, afiado como uma adaga, e dentes feitos de ferro. Seu cabelo era um emaranhado selvagem de prata e cinza, combinando com os céus tempestuosos que frequentemente pareciam se reunir sobre sua morada. Apesar de sua aparência temível, Baba Yaga era uma criatura de imensa sabedoria e poder, capaz de grande crueldade e bondade inesperada.

Em uma vila próxima, contavam-se histórias sobre Baba Yaga para assustar as crianças e fazê-las obedecer. Os pais advertiam seus filhos de que, se se comportassem mal, Baba Yaga desceria e os raptaria. Mas além dessas histórias, háia rumores de pessoas que a procuraram, desesperadas por seu conhecimento ou pelos itens mágicos que ela possuía.

Uma dessas buscadoras era uma jovem chamada Vasilisa. Ela era uma alma bondosa e corajosa, vivendo com sua madrasta e irmãs-ações cruel. Sua mãe havia morrido quando ela era jovem, deixando-lhe uma pequena boneca esculpida que tinha o poder de ganhar vida e oferecer conselhos. A madrasta e as irmãs-ações de Vasilisa a tratavam terrivelmente, forçando-a a fazer todas as tarefas domésticas e alimentando-a com migalhas. Elas invejavam sua beleza e boa natureza, e um dia, tramaram um plano para livrar-se dela para sempre.

“Vasilisa, a lenha está acabando,” disse a madrasta com um brilho malicioso nos olhos. “Vá até Baba Yaga e traga um pouco. Certamente, a grande bruxa nos emprestará suas chamas.”

Vasilisa conhecia o perigo de tal missão, mas também sabia que não tinha escolha. Com a boneca da mãe guardada no bolso, ela partiu para a floresta, com o coração pesado de medo, mas também com uma centelha de determinação.

À medida que se aventurava mais profundamente na floresta, as árvores pareciam fechar-se ao seu redor, e ruídos estranhos ecoavam pelo ar. Mas Vasilisa continuou, guiada pelos sussurros silenciosos da boneca. Depois do que pareceu uma eternidade, ela chegou à clareira onde a cabana de Baba Yaga se erguia, suas pernas de galinha raspando a terra inquietamente.

“Vire as costas para a floresta, enfrente-me,” sussurrou Vasilisa, recordando as palavras que tinha ouvido nas histórias. Para seu espanto, a cabana se virou, apresentando-lhe a porta. Tremendo, ela bateu.

A porta rangeu ao se abrir, revelando Baba Yaga em toda a sua terrível glória. “Quem ousa perturbar meu lar?” rosnou a bruxa.

“Sou eu, Vasilisa,” respondeu a menina, tentando manter a voz firme. “Busco sua ajuda, grande Baba Yaga.”

Os olhos de Baba Yaga brilharam com interesse. “Muito bem, criança. Pode entrar. Mas saiba disso: aqueles que buscam minha ajuda devem conquistá-la.”

Dentro da cabana, o ar estava denso com o cheiro de ervas e poções. Criaturas estranhas corriam por ali, e as paredes estavam forradas com potes de conteúdos misteriosos. Baba Yaga sentou Vasilisa e deu-lhe uma série de tarefas impossíveis, tarefas que certamente levariam à sua morte se ela falhasse.

“Separe estes grãos até o amanhecer,” ordenou a bruxa, despejando um saco de sementes misturadas diante dela. “Se você conseguir, considerarei ajudá-la. Se falhar, você será minha próxima refeição.”

O coração de Vasilisa afundou, mas a boneca da mãe ganhou vida, oferecendo orientação e assistência. Durante a noite, a boneca trabalhou incansavelmente, separando os grãos com velocidade sobrenatural. Quando a aurora nasceu, a tarefa estava concluída.

Baba Yaga ficou impressionada, mas ainda não estava satisfeita. “Você fez bem, menina. Mas deve completar mais duas tarefas antes que eu lhe conceda o que busca.”

Vasilisa, uma jovem com uma expressão determinada, se aproxima da cabana de Baba Yaga na floresta sombria.
Vasilisa se aproxima corajosamente da estranha cabana de Baba Yaga, localizada no coração da floresta sombria.

A próxima tarefa era ainda mais assustadora. Baba Yaga entregou a Vasilisa um pilão e almofariz pesados e ordenou que ela moesse um enorme monte de milho até a próxima alvorada. Mais uma vez, a boneca de Vasilisa a ajudou, e pela manhã, a tarefa estava concluída.

Baba Yaga franziu o cenho, mas não cedeu. “Sua tarefa final,” disse ela, apontando para um quarto sujo e desordenado, “é limpar minha casa até que esteja impecável. Se conseguir, poderá levar a lenha que veio buscar.”

Vasilisa trabalhou incansavelmente, esfregando e limpando cada centímetro da cabana de Baba Yaga. A boneca, mais uma vez, a auxiliou, garantindo que não restasse nenhum vestígio de poeira. Quando o sol nasceu, a casa brilhava, e Baba Yaga não encontrou defeito no trabalho de Vasilisa.

“Você se provou, criança,” disse Baba Yaga relutantemente. “Leve este crânio com olhos ardentes; ele lhe fornecerá a lenha que precisa.”

Vasilisa agradeceu à bruxa e apressou-se de volta para sua vila. O crânio incandescente lançava uma luz estranha, guiando-a pela floresta escura. Quando retornou para casa, sua madrasta e irmãs-ações ficaram aterrorizadas com a visão do crânio. O fogo em seus olhos as consumiu, deixando apenas cinzas. Vasilisa finalmente estava livre de sua crueldade.

Com a ajuda da boneca da mãe e a sabedoria que adquiriu de seu encontro com Baba Yaga, Vasilisa prosperou. Ela reconstruíu sua vida, tornando-se uma mulher sábia e bondosa. Os aldeões, que antes sussurravam histórias de medo, agora falavam de sua bravura e das maneiras estranhas, mas justas, de Baba Yaga.

Baba Yaga entregando um crânio em chamas com olhos ardentes a Vasilisa dentro de sua cabana.
Baba Yaga, relutantemente, entrega a Vasilisa uma caveira com olhos ardentes como recompensa por ter completado suas tarefas.

Os anos se passaram, e Vasilisa tornou-se uma lenda por direito próprio. Ela casou-se com um homem bondoso e nobre, e juntos tiveram filhos que cresceram ouvindo as histórias da bravura de sua mãe. Vasilisa frequentemente falava de sua jornada até a cabana de Baba Yaga, ensinando seus filhos que coragem e bondade podiam conquistar até os medos mais sombrios.

Enquanto isso, nas profundezas da floresta, Baba Yaga continuava sua existência enigmática. Ela ajudava aqueles que se mostravam dignos e punia aqueles que ousavam desafiá-la. Sua cabana sobre pernas de galinha permanecia como um símbolo do desconhecido, um lugar onde magia e mistério se entrelaçavam.

Vasilisa ensinando seus filhos sobre coragem e bondade ao redor de um aconchegante lareira.
Vasilisa ensina seus filhos sobre bravura e bondade, narrando sua jornada até a cabana da Baba Yaga.

Um dia, um viajante, perdido e desesperado, tropeçou na cabana de Baba Yaga. Era um jovem, procurando uma cura para sua mãe doente. Com o coração cheio de esperança e medo, ele aproximou-se da cabana e bateu na porta, repetindo as palavras antigas: “Vire as costas para a floresta, enfrente-me.”

A cabana girou, e a porta se abriu, revelando Baba Yaga. “Quem ousa perturbar meu lar?” ela perguntou, sua voz ecoando com poder.

“Sou eu, Dmitri,” respondeu o viajante. “Busco sua ajuda, grande Baba Yaga.”

Baba Yaga o observou de perto. “Muito bem, Dmitri. Pode entrar. Mas saiba disso: aqueles que buscam minha ajuda devem conquistá-la.”

Dentro, a cabana era tão estranha quanto sempre. Dmitri recebeu uma série de tarefas impossíveis, muito semelhantes às de Vasilisa antes dele. Foi instruído a separar grãos, moer milho e limpar a cabana até que estivesse impecável. Diferentemente de Vasilisa, Dmitri não tinha uma boneca mágica para ajudá-lo. Ele contou com sua inteligência e determinação, lutando em cada tarefa com todas as suas forças.

Para surpresa de Baba Yaga, Dmitri conseguiu cumprir suas tarefas, embora não sem grande esforço. Ele provou seu valor, e a bruxa, ainda que relutante, concordou em ajudá-lo.

Dmitri recebendo uma poção cintilante de Baba Yaga em sua cabana mística.
Dmitri recebe uma poção cintilante de Baba Yaga após completar com sucesso suas tarefas impossíveis.

“Leve esta poção,” disse Baba Yaga, entregando-lhe um frasco cheio de um líquido cintilante. “Ela curará a doença de sua mãe. Mas lembre-se, o poder desta poção vem com um preço. Use-a sabiamente.”

Dmitri agradeceu a Baba Yaga e apressou-se de volta para sua vila. A poção funcionou conforme prometido, curando sua mãe completamente. A notícia de seu sucesso se espalhou, e Dmitri tornou-se uma figura respeitada em sua vila. Ele nunca esqueceu as lições que aprendeu com Baba Yaga, vivendo uma vida de gratidão e humildade.

Quanto a Baba Yaga, sua lenda continuou a crescer. Ela permaneceu como uma figura de medo e fascinação, um símbolo do misterioso e do mágico. Aqueles que se aventuravam em sua floresta o faziam com respeito e apreensão, sabendo que a bruxa podia ser tanto uma inimiga implacável quanto uma aliada poderosa.

E assim, a história de Baba Yaga perdurou, um conto atemporal de medo, coragem e o poder duradouro da bondade.

Loved the story?

Share it with friends and spread the magic!

Cantinho do leitor

Curioso sobre o que os outros acharam desta história? Leia os comentários e compartilhe seus próprios pensamentos abaixo!

Avaliado pelos leitores

Baseado nas taxas de 0 em 0

Rating data

5LineType

0 %

4LineType

0 %

3LineType

0 %

2LineType

0 %

1LineType

0 %

An unhandled error has occurred. Reload