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Sobre a História: A Vila Perdida de Guanacaste é um Legend de costa-rica ambientado no Contemporary. Este conto Dramatic explora temas de Loss e é adequado para Adults. Oferece Cultural perspectivas. Alguns mistérios estão destinados a permanecer enterrados, mas a curiosidade leva Daniel Navarro ao cerne de um que se recusa a ser esquecido.
**Os Fantasmas da Selva**
No coração profundo de Guanacaste, onde as selvas vibram com sussurros ancestrais e rios brilham como veias azuis pela terra, uma lenda prosperava. Era o tipo de história que vivia nos espaços entre a verdade e o mito—contada suavemente ao redor de fogueiras, compartilhada em tons baixos por anciãos que se recusavam a esquecer.
Era a história de uma aldeia perdida no tempo.
Daniel Navarro havia crescido com a lenda. Quando menino, ele se sentava de pernas cruzadas no chão de madeira da casa de seu avô, com os olhos arregalados, ouvindo a voz do velho entrelaçar-se com o ar úmido como fumaça. A aldeia perdida, dizia seu avô, foi engolida pela selva em uma única noite. As pessoas desapareceram. Sem corpos, sem túmulos—apenas casas vazias deixadas para trás como ossos ociosos.
O avô de Daniel o havia avisado: “Alguns lugares não querem ser encontrados.”
Mas Daniel sempre foi o tipo de homem que precisava ver a verdade com seus próprios olhos.
O mapa não deveria existir. Daniel o encontrou enterrado em um velho baú de madeira no sótão de seu avô, com as bordas enroladas pelo tempo, a tinta desbotada, mas inconfundível. Era um caminho desenhado à mão que levava profundamente na selva, terminando em um grande X vermelho. Tinha sido desenhado por Alejandro Navarro—seu trisavô. E, de acordo com os registros familiares, Alejandro havia desaparecido sem deixar rastros. Daniel estudou o mapa sob o brilho tênue de uma lâmpada de mesa, com o coração acelerado. Se isso era real, se a aldeia era real, ele precisava vê-la por si mesmo. Na manhã seguinte, ele havia montado uma equipe. - Sofia Vargas, uma geóloga e melhor amiga de infância de Daniel, conhecida por sua mente afiada e humor ácido. - Miguel Rojas, um rastreador experiente que conhecia a natureza selvagem da Costa Rica melhor do que ninguém. - Laura Campos, uma documentarista determinada a capturar a história em sua forma mais pura. Eles fizeram as malas leve—facões, purificadores de água, um telefone satélite e o mapa. A selva tinha uma maneira de te fazer sentir pequeno. Gigantescas árvores de ceiba se estendiam em direção aos céus, suas raízes grossas e retorcidas, entrelaçando-se como dedos ancestrais pela terra úmida. Cipós pendiam baixos, suas gavinhas tocando a pele suada. Cada passo era acompanhado pelo zumbido de insetos invisíveis, o farfalhar de criaturas movendo-se logo além da visão. Miguel liderava o caminho, cortando o denso matagal com seu facão. — Quão preciso você acha que é este mapa? — perguntou Laura, com a câmera pendurada no pescoço. Daniel deu uma olhada no pergaminho gasto. — Vamos descobrir em breve. Durante horas, seguiram o rio, com suas botas afundando na terra macia. Quanto mais adentravam, mais silenciosa a selva se tornava. Sem pássaros. Sem insetos. Apenas um silêncio estranho e antinatural. Sofia enxugou o suor da testa. — Eu não gosto disso. Miguel reduziu o ritmo, os olhos vasculhando as copas das árvores. — Eu também não. Então, algo se moveu. Uma sombra disparou entre as árvores. Laura congelou. — Você viu isso? Daniel agarrou seu facão. — Continuem andando. Estamos perto. E então a selva se abriu… revelando algo impossível. As esculturas emergiam da terra como sentinelas silenciosas. Massivas figuras de pedra—jaguatiricas, serpentes e corujas—ficavam em uma fila solene, seus olhos ocos fitando o abismo da selva. Cada uma desgastada pelo tempo, coberta de musgo, mas ainda irradiando uma presença inquietante. Sofia passou os dedos sobre as esculturas. — Isso não é apenas decorativo. São marcadores. Miguel assentiu. — Como um aviso. Laura levantou sua câmera. — Então devemos documentar tudo. Quanto mais adentravam, mais Daniel sentia o peso de olhos invisíveis. Algo os observava. Algo sabia que eles estavam lá. Então, sob as raízes entrelaçadas de uma árvore de ceiba, ele viu—um crânio humano, meio enterrado na terra. Seu estômago se revirou. — Vamos continuar andando — disse ele, com a voz tensa. Mas, mesmo ao deixarem os guardiões de pedra para trás, o ar parecia pesado. Como se algo tivesse se agitado. Foi ali. A aldeia, escondida sob um véu de cipós, suas estruturas intactas, mas sem vida. As casas, feitas de pedra e madeira, permaneciam como se congeladas no tempo. Portas entreabertas. Utensílios ainda repousando em mesas abandonadas. Fogueiras cheias de cinzas frias. Daniel deu um passo à frente, sua voz mal acima de um sussurro. — Eles saíram com pressa. Sofia ajoelhou-se perto dos restos de uma fogueira. — Isso não faz sentido. Se eles evacuaram, por que deixaram tudo para trás? Laura capturava tudo através de sua lente. — Isso não é uma evacuação. É um desaparecimento. Miguel, de pé ao lado de uma estrutura semelhante a um templo, passou os dedos pelas paredes. — Olhe para essas esculturas. As imagens eram perturbadoras—pessoas correndo, formas escuras perseguindo, a selva consumindo. Daniel sentiu um arrepio subir pela espinha. — Algo os expulsou. E então, como se convocado por suas palavras, um rugido profundo e gutural ressoou pela selva. Não era um jaguar. Era algo diferente. Emergindo das sombras, movia-se como névoa e carne combinadas—massivo, com olhos brilhando na luz que diminuía. A respiração de Miguel falhou por um instante. — Que diabos é isso? Daniel mal conseguiu respirar. — O Guardião. As lendas falavam dele. Um protetor. Uma maldição. Um espírito ligado à aldeia, impedindo que o mundo soubesse o que aconteceu ali. A criatura não atacou. Apenas observou. Julgando. Então, tão repentinamente quanto apareceu, desapareceu. O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Sofia agarrou o braço de Daniel. — Precisamos ir embora. Eles não discutiram. Eles correram. Eles chegaram à civilização ao amanhecer, exaustos e abalados. As filmagens que Laura havia capturado? Guardadas a sete chaves. As anotações que Daniel havia escrito? Queimadas. O mapa? Destruído. Alguns lugares não querem ser encontrados. Algumas histórias não são para serem contadas. E algumas coisas—coisas que espreitam no coração da selva—é melhor deixá-las intocadas. Porque a aldeia perdida de Guanacaste não estava apenas perdida. Ela estava esperando.O Mapa que Não Deveria Existir
Até a próxima alvorada, eles estavam caminhando diretamente para o desconhecido.
A Trilha das Sombras
Os Guardiões de Pedra
A Aldeia que Não Deveria Estar
O Guardião dos Perdidos
Epílogo: Alguns Mistérios Permanecem Sepultados