Tempo de leitura: 6 min

Sobre a História: A Nova Roupa do Imperador é um Fairy Tale de denmark ambientado no Medieval. Este conto Simple explora temas de Wisdom e é adequado para All Ages. Oferece Moral perspectivas. A história de um imperador, sua vaidade e o poder da verdade revelado pela inocência de uma criança.
As Novas Roupas do Imperador
Em uma grande cidade repleta de cultura e opulência, vivia um imperador cuja vaidade não conhecia limites. Ele não era um tirano nem um governante negligente, mas estava completamente obcecado com seu guarda-roupa. Passava horas todos os dias experimentando diferentes trajes e admirando-se no espelho. Sua obsessão por moda era conhecida em todos os lugares, e ele não poupava despesas para adquirir as melhores vestes e acessórios.
Um dia, a notícia da obsessão do imperador chegou aos ouvidos de dois astutos vigaristas que decidiram tirar proveito disso. Eles se fizeram passar por mestres tecelões e chegaram ao palácio com uma afirmação ousada: poderiam tecer o tecido mais magnífico imaginável, tão fino e delicado que seria invisível para qualquer pessoa que não fosse apta para seu cargo ou fosse tola.
O imperador, sempre ansioso para se adornar com trajes mais únicos e esplêndidos, ficou imediatamente intrigado. "Se eu usar roupas feitas deste tecido extraordinário", pensou, "serei capaz de identificar quais dos meus súditos são inaptos para seus cargos. E serei a inveja de todos."
O imperador convocou os vigaristas para sua corte. "Sua Majestade," disse o primeiro vigarrista, inclinando-se profundamente, "nosso tecido é diferente de qualquer outro. Não só é incrivelmente belo, mas também possui a qualidade mágica de ser invisível para qualquer pessoa inapta para seu cargo ou simplesmente tola."
"Maravilhoso!" exclamou o imperador. "Um tecido assim seria de grande utilidade para mim. Comecem a trabalhar imediatamente e teçam este tecido extraordinário. Vocês terão todo o ouro e seda de que precisarem."
Os vigaristas montaram os teares e fingiram tecer o tecido, embora na realidade não houvesse nada nos teares. Trabalharam com lançadeiras vazias e tesouras, exigindo a mais fina seda e o mais puro fio de ouro, que esconderam para si mesmos. Passavam os dias desfrutando das luxúrias do palácio, inventando histórias sobre o maravilhoso tecido que estavam criando.
Com o passar dos dias, o imperador ficou impaciente. Ele queria ver o progresso do tecido, mas hesitou. Lembrou-se do aviso dos vigaristas de que somente aqueles aptos para seus cargos podiam ver o tecido. Assim, decidiu enviar seu ministro mais confiável para inspecionar o trabalho.

O ministro, um homem sábio e honesto, foi até a oficina dos tecelões. Viu os teares vazios e os tecelões trabalhando diligentemente com fio invisível. "Que Deus me ajude," pensou, "não consigo ver nada." Mas não ousou admitir. Não queria ser considerado um tolo ou inapto para seu cargo.
"Que belo!" disse ao vigarista. "As cores e os padrões são realmente esplêndidos. Irei informar ao imperador sobre o progresso de vocês."
Os vigaristas se curvaram e agradeceram, e o ministro retornou ao imperador com relatórios entusiasmados sobre o tecido maravilhoso. O imperador ficou satisfeito e enviou mais ouro e seda aos tecelões, instando-os a concluir o trabalho rapidamente.
Os vigaristas continuaram sua farsa, fingindo trabalhar até tarde da noite, mas sem realizar nada. O imperador enviou outro oficial, desta vez um cortesão conhecido por seu olhar atento e gosto refinado. O cortesão também não viu nada nos teares, mas, temendo parecer inapto ou tolo, elogiou os padrões intrincados e as cores vibrantes do tecido.
O imperador ficou encantado com esses relatos. Decidiu ver o tecido pessoalmente. Acompanhado por seus oficiais de confiança e uma comitiva de cortesãos, foi até a oficina. Os vigaristas levantaram as mãos vazias como se estivessem segurando o tecido, e o imperador, embora não visse nada, não ousou admitir.

"Que esplêndido!" exclamou. "É, de fato, o melhor tecido que já vi. Preparem minhas novas roupas imediatamente. Eu as usarei na grande procissão pela cidade."
Os vigaristas trabalharam a noite toda, cortando e costurando o tecido invisível, fingindo ajustá-lo no imperador. Na manhã seguinte, apresentaram as vestes invisíveis a ele. "Aqui estão suas calças, seu casaco e seu manto, Sua Majestade," disseram. "São tão leves quanto uma teia de aranha. Você sentirá como se não estivesse usando nada, mas essa é a beleza do nosso tecido."
O imperador despir-se de suas roupas, e os vigaristas fingiram vesti-lo com as novas vestes. Levantaram um espelho imaginário para que ele pudesse admirar-se. O imperador girou de um lado para o outro, fingindo ver como suas novas roupas ficavam bem.

"Como elas lhe ficam bem, Sua Majestade!" exclamaram os cortesãos. "Que traje magnífico!"
O imperador, embora não visse nada, não queria parecer tolo. Ele saiu para a cidade, e a procissão começou. As pessoas da cidade tinham ouvido falar do tecido mágico e estavam ansiosas para ver as novas roupas do imperador. Ninguém ousava admitir que não via nada, com medo de ser considerado inapto ou tolo.
"Que traje esplêndido!" todos gritavam. "Como se encaixa lindamente no imperador!"

O imperador sorriu, sentindo-se satisfeito e orgulhoso. Mas, em meio à multidão, uma criança pequena, muito inocente para entender a pretensão, exclamou: "Mas ele não está usando nada!"
As palavras da criança ressoaram como um sino. A multidão ficou silenciosa. O imperador estremeceu, pois suspeitava que a criança estava certa. Ele corou profundamente, mas continuou a caminhar na procissão, determinado a manter sua dignidade. Seus cortesãos o seguiram, ainda fingindo segurar a cauda imaginária de suas vestes invisíveis.
Os vigaristas, depois de completarem sua trapaça, desapareceram com seus ganhos ilícitos, nunca mais sendo vistos. O imperador, embora humilhado, aprendeu uma lição valiosa. Percebeu que sua vaidade o havia cegado para a verdade e que havia se deixado enganar por sua própria tolice.

A partir daquele dia, o imperador se preocupou menos com suas roupas e esteve mais atento às necessidades de seu povo. Tornou-se um governante mais sábio e compassivo, e as pessoas da cidade o respeitaram ainda mais por isso.
E assim, a história das novas roupas do imperador tornou-se um conto contado por gerações, um lembrete da tolice da vaidade e da importância da honestidade, mesmo quando a verdade é difícil de encarar.