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Sobre a História: A Lenda da Sayona é um Legend de venezuela ambientado no Ancient. Este conto Dramatic explora temas de Loss e é adequado para All Ages. Oferece Moral perspectivas. Uma história de amor, traição e a busca eterna de um espírito vingativo por redenção.
Nas densas florestas da Venezuela, onde as sombras se contorcem e sussurros antigos dançam com o vento, existe uma história que as mães contam aos seus filhos para mantê-los longe do perigo. É a lenda da Sayona, um espírito cuja beleza rivaliza com as estrelas, mas cujo coração abriga a mais profunda escuridão. Cuidado, viajante, pois sua história é de amor, traição e vingança que transcende o tempo e os reinos mortais.
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Há muito tempo, em uma vila remota aninhada perto do Rio Orinoco, vivia uma jovem chamada Casilda. Ela era famosa por sua beleza, com olhos tão profundos quanto a meia-noite e cabelos que caíam como o rio mais escuro. Casilda era casada com um homem humilde, porém amoroso, chamado Marcos, que trabalhava incansavelmente como caçador para sustentar sua pequena família. Eles tinham um jovem filho que era a luz de suas vidas e, juntos, levavam uma vida cheia de felicidade e amor. Mas, como em muitas histórias enraizadas na paixão, sempre havia uma sombra espreitando. Casilda era ferozmente protetora de sua família, e seu amor por Marcos beirava a obsessão. Ela era conhecida por seu ciúme e frequentemente o observava, mesmo quando ele conversava com outras mulheres na vila, com uma intensidade que arrepiava a todos. Uma noite fatídica, uma mulher da vila abordou Casilda com um conto sinistro. "Eu vi seu marido, Marcos, com outra mulher", sussurrou ela. "Eles estavam na floresta, e ele a segurava em seus braços." Casilda sentiu uma fúria ardente consumir seu coração. Em um acesso de ciúmes, ela confrontou Marcos. Seus olhos flamejavam enquanto ela gritava, "É verdade? Você me traiu com outra mulher?" Marcos, chocado com a acusação, negou qualquer malfeito, mas a fúria de Casilda era incontrolável. Sem dar a ele a chance de se explicar, ela saiu furiosa de casa e foi para a cabana da sua mãe. Ela exigiu a verdade, com o coração pulsando de fúria e medo. A mãe de Casilda tentou acalmá-la, mas na raiva, Casilda começou a gritar acusações. "Foi você! Você esteve com ele! Você levou meu marido de mim!" Sua mãe, atônita e de coração partido, tentou explicar que não passava de uma mentira maldosa, mas Casilda estava além da razão. Consumida pela loucura, ela pegou uma faca da cozinha e, em um momento de fúria cega, matou sua própria mãe. À medida que o sangue se acumulava no chão, Casilda sentiu uma rajada de ar frio varrer a sala. Ela olhou para o que havia feito e, naquele instante, percebeu seu erro. A tristeza e a dor agarraram seu coração, mas era tarde demais. O último suspiro de sua mãe escapou de seus lábios com uma maldição que selaria o destino de Casilda para a eternidade. "Você vagará por estas terras para sempre, escrava de sua raiva e tristeza", sussurrou sua mãe com seu último fôlego. "Você se tornará a Sayona, um espírito de vingança, nunca encontrando paz." Com essas palavras, Casilda se transformou. Sua beleza permaneceu, mas agora era uma arma de terror. Seu espírito, agora chamada Sayona, estaria para sempre ligada a vagar pelas florestas da Venezuela, procurando por homens infiéis para punir por toda a eternidade. A partir desse momento, os aldeões começaram a falar dos gritos assombrosos da Sayona que ecoavam pela floresta à noite. Ela aparecia como uma mulher bonita em um longo vestido branco, com os pés nunca tocando o chão. Seus olhos ardia com uma luz impura e seus cabelos moviam-se como se fossem levados por um vento invisível. O primeiro a encontrá-la foi um homem chamado Diego, um caçador como Marcos. Ele tinha ouvido as histórias, mas as descartava como meras folclores, contos de fantasmas destinados a assustar crianças. Uma noite, enquanto retornava de uma caça, ele viu uma figura parada no caminho à sua frente. "Está perdida, senhora?" ele chamou. A figura se virou, revelando o rosto de uma mulher tão bonita que o coração de Diego pulou uma batida. "Estou procurando meu marido", respondeu suavemente, com um tom de tristeza na voz. "Ele foi infiel comigo." Diego, sentindo uma pontada de culpa por suas próprias infidelidades, deu um passo para trás. Mas era tarde demais. A Sayona revelou sua verdadeira forma – seu rosto torcido de raiva, seus olhos brilhando com uma luz demoníaca. Antes que Diego pudesse reagir, ela o atacou, e o último som que ele ouviu foi seu grito arrepiante. A notícia da morte de Diego se espalhou rapidamente, e o medo tomou conta da vila. Homens que haviam sido infiéis às suas esposas começaram a tremer, pois sabiam que a Sayona estava procurando por eles. Ela era implacável, um espírito que não podia ser detido, e a cada noite, seus gritos assombrosos ecoavam mais alto e se aproximavam. Anos se passaram, e a lenda da Sayona cresceu. Os aldeões falavam em tons baixos sobre suas aparições, recontando histórias de homens que caíram vítimas de sua ira. Diziam que ela aparecia primeiro como uma mulher bonita, atraindo homens para as profundezas da floresta, antes de revelar sua verdadeira e horrível forma. Uma noite, um homem idoso chamado Don Mateo reuniu as crianças da vila ao redor de uma fogueira. "Ouçam bem", disse ele, com a voz baixa e grave. "A maldição da Sayona não é apenas dela. Ela é passada de geração em geração, alimentando-se da dor e do sofrimento dos infiéis." "Mas como ela pode ser detida?" perguntou um menino. Don Mateo balançou a cabeça tristemente. "Ela não pode ser detida. A maldição é eterna, enquanto houver aqueles que traem seus entes queridos, ela continuará a caminhar entre nós." Uma noite, um jovem chamado Rafael estava voltando para casa após uma longa jornada. A lua estava cheia e a floresta banhada em sua luz pálida. À medida que se aproximava da borda das árvores, ele a viu. Uma mulher bonita vestida de branco, parada à beira da estrada. Rafael, que era uma alma bondosa e nunca havia sido infiel, aproximou-se dela com cautela. "Você está perdida, senhorita?" A mulher olhou para cima, seus olhos brilhando com lágrimas não derramadas. "Estou procurando meu marido", disse ela. "Você o viu?" Rafael sentiu uma pontada de tristeza por ela. "Não, não vi, mas talvez eu possa ajudá-la a encontrá-lo?" A mulher sorriu, mas havia algo errado em sua expressão. "Obrigado", sussurrou, aproximando-se mais. O sangue de Rafael gelou quando percebeu que seus pés não tocavam o chão. Ele havia ouvido histórias sobre a Sayona, mas nunca acreditou nelas até agora. Enquanto ela estendia a mão para tocá-lo, Rafael tirou um pequeno crucifixo que carregava consigo, segurando-o entre eles. "Fique longe!" ele ordenou. A Sayona recuou, sibiliando como uma serpente. Seus olhos ardavam, e seu rosto se torceu em uma máscara de raiva. "Você não pode escapar de mim!" ela gritou, mas a luz do crucifixo parecia queimá-la. Rafael aproveitou a oportunidade e correu, sem olhar para trás até alcançar a segurança de sua vila. Determinado a livrar a vila dessa maldição, Rafael procurou a anciã sábia da aldeia, uma mulher chamada Abuela Rosa. "Como podemos acabar com isso?" implorou ele. "Como podemos libertar a alma dela?" Abuela Rosa assentiu solemnamente. "A Sayona é vítima de sua própria raiva e tristeza. Você deve confrontá-la onde sua dor começou. Encontre o lugar onde ela cometeu seu maior pecado, e talvez lá, ela possa encontrar a paz." Com sua orientação, Rafael aventurou-se no coração da floresta, até as ruínas da antiga casa de Casilda. Lá, enquanto a lua alcançava seu zênite, ele a viu. A Sayona estava entre as cinzas, seus olhos cheios de tristeza. "Você não pertence a este lugar", sussurrou ela. "Nem você pertence", respondeu Rafael. "Sua mãe te amava, e você tirou a vida dela. Mas você não está além da redenção. É hora de deixar sua dor para trás." A Sayona gritou, um som que ecoou pela noite, abalando o próprio chão. Mas enquanto Rafael permanecia firme, o espírito começou a chorar. Sua forma cintilou e, por um breve momento, ela não era mais um monstro, mas a mulher bonita que um dia foi. "Me perdoe", soluçou ela. E à medida que a aurora nascia, o espírito da Sayona se dissolveu na luz da manhã, deixando apenas uma brisa suave. A vila estava livre da Sayona, mas sua história continuou a ser contada, passada de geração em geração. A Sayona não era apenas um aviso contra a infidelidade, mas um lembrete dos perigos do ciúme, da raiva e da dor que vem das feridas não curadas. Quanto a Rafael, ele viveu sua vida em paz, sabendo que havia ajudado uma alma perdida a encontrar seu caminho para casa. Mas às vezes, em noites tranquilas, ele ouvia um sussurro suave no vento e sorria, pois sabia que a Sayona finalmente havia encontrado sua paz.Amor e Ciúmes
O Início da Transformação
O Custo da Maldição
O Encontro com Rafael
O Confronto Final
Epílogo: Os Ecos da Floresta