A História do Oni

8 min

A História do Oni
A young Oni stands in the ancient forest, his glowing eyes reflecting both sadness and determination. The soft rays of sunlight filtering through the dense canopy highlight his otherworldly presence, as he begins his journey in a land of myth and legend.

Sobre a História: A História do Oni é um Myth de japan ambientado no Ancient. Este conto Dramatic explora temas de Redemption e é adequado para Adults. Oferece Moral perspectivas. Uma história sobre a jornada de um Oni em busca de sua verdadeira essência e na redefinição do que significa ser humano.

Era há muito tempo, quando as montanhas sussurravam segredos antigos e os rios cantavam canções de outrora, o Japão era uma terra repleta de espíritos, demônios e deuses. Entre essas entidades, nenhum era tão temido ou incompreendido quanto o Oni. Esses seres, com suas estaturas imponentes, chifres afiados e garras afiadas como navalhas, diziam possuir a força de cem homens e a astúcia de uma raposa. Eram criaturas de pesadelos, mas, como todas as lendas, sua história era mais do que apenas preto no branco. Este é o conto de um único Oni, um ser nascido não do mal, mas das circunstâncias, que viria a desafiar as próprias noções de bem e mal.

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O Nascimento do Oni

Em uma pequena aldeia aninhada à sombra do Monte Fuji, nasceu uma criança chamada Kiyoshi. Sua mãe, Aiko, era uma alma gentil que adorava cuidar de seu jardim e cantar canções de ninar para seu recém-nascido. O pai de Kiyoshi, Jiro, era um guerreiro que protegia a aldeia de bandidos e animais selvagens. Os aldeões admiravam a força de Jiro e respeitavam a bondade de Aiko, acreditando que Kiyoshi cresceria tão honrado quanto seus pais.

Mas o destino tinha outros planos.

À medida que Kiyoshi crescia, coisas estranhas começaram a acontecer ao seu redor. Quando ele chorava, o vento uivava junto com ele, e o chão tremia como se estivesse sentindo dor. Quando ele ria, os céus escureciam e a chuva caía. Os aldeões começaram a sussurrar entre si, e o medo invadiu seus corações. “Este menino está amaldiçoado”, diziam. “Ele não é humano.”

Numa noite fatídica, uma terrível tempestade atingiu a aldeia. Relâmpagos brilhavam e trovões rugiam como se os céus estivessem em guerra. No meio do caos, o pai de Kiyoshi foi atingido por um raio, ficando sem vida. Os aldeões, consumidos pelo medo e pela dor, culpavam Kiyoshi pela tragédia. Alegavam que ele havia invocado a tempestade, que era um Oni disfarçado, enviado para destruí-los.

Desolada e desesperada para proteger seu filho, Aiko fugiu com Kiyoshi para o interior da floresta, deixando para trás tudo o que conheciam.

Kiyoshi segura ternamente a mão de sua mãe doente em uma densa floresta, cercado por árvores imponentes.
Kiyoshi, ainda jovem e apresentando sinais de sua herança Oni, cuida de sua mãe doente, Aiko, no coração da floresta.

A Floresta das Sombras

A floresta era vasta e antiga, um lugar onde a luz do dia lutava para penetrar o denso dossel de folhas. Era uma terra de sombras, onde habitavam criaturas de mito e lenda, e onde os humanos raramente se aventuravam. Por anos, Aiko e Kiyoshi viveram em uma pequena cabana que construíram com galhos caídos e folhas, sobrevivendo comendo frutas, cogumelos e, ocasionalmente, peixes do riacho próximo.

À medida que Kiyoshi crescia, as mudanças nele se tornavam mais aparentes. Sua pele adquiria um tom avermelhado, seus olhos brilhavam com uma luz assustadora na escuridão, e pequenos chifres começavam a surgir em sua testa. Mas apesar de sua aparência monstruosa, Aiko continuava a amar seu filho ferozmente, ensinando-lhe os caminhos da bondade e da compaixão.

Numa noite, quando Kiyoshi tinha dezesseis anos, Aiko adoeceu. Seu corpo frágil não conseguia mais suportar as duras condições da floresta, e ficou claro que ela não sobreviveria. Enquanto repousava em sua cama de folhas, ela pegou a mão de Kiyoshi e pronunciou suas últimas palavras: “Você não é um monstro, Kiyoshi. Você é meu filho. Nunca esqueça quem você realmente é.”

Com essas palavras, Aiko faleceu, deixando Kiyoshi sozinho no mundo.

Abraçando o Oni

Kiyoshi vagou pela floresta por muitos dias, perdido em tristeza e confusão. Sentia a escuridão dentro de si crescer, uma fome que corroía sua alma. Com o passar dos dias e semanas, ele começou a se perder, esquecendo as lições que sua mãe lhe ensinara. Tornou-se uma criatura da floresta, temida por todos que cruzavam seu caminho.

Numa noite, enquanto estava sentado perto de uma fogueira, Kiyoshi encontrou outro Oni. A criatura era imensa, com pele tão negra quanto o carvão e olhos que queimavam como brasas. Olhou para Kiyoshi com uma mistura de curiosidade e desdém. “Você não é como os outros,” rosnou. “Você não nasceu do ódio e da maldade. Por que você vagueia por estas matas como um cordeiro perdido?”

“Eu não sei mais quem sou,” respondeu Kiyoshi, com a voz trêmula. “Achei que fosse humano, mas agora vejo que não sou nada além de um monstro.”

O Oni riu, um som que ecoou pela floresta como um trovão. “Você é um Oni, sim, mas isso não significa que você está sem propósito. Não estamos presos às mesmas regras que os humanos. Somos o que escolhemos ser.”

As palavras tocaram algo dentro de Kiyoshi, e ele começou a entender. Ele não era um monstro. Não estava preso aos medos e preconceitos dos outros. Ele podia escolher seu próprio caminho.

O Caminho do Guerreiro

Kiyoshi começou a treinar, aprimorando suas habilidades e aprendendo a controlar o poder que pulsava dentro dele. Praticou com suas garras, aprendeu a mover-se com a furtividade de uma sombra e desenvolveu uma força muito além da de qualquer homem mortal. Com o tempo, dominou as habilidades dos Oni, mas nunca esqueceu as lições que sua mãe lhe ensinou.

Um dia, um grupo de viajantes tropeçou na floresta, perdido e aterrorizado. Eles haviam sido atacados por bandidos, tiveram sua comida e suprimentos roubados e estavam à beira da morte. Kiyoshi os observou das sombras, dividido entre o desejo de permanecer escondido e os ensinamentos de compaixão de sua mãe.

No final, ele escolheu ajudar.

Ele emergiu da escuridão, sua figura imponente e olhos brilhantes fazendo os viajantes gritarem de medo. Mas Kiyoshi não os feriu. Em vez disso, ofereceu-lhes comida, água e abrigo. Lentamente, eles começaram a perceber que ele não era o monstro que temiam.

A notícia do Oni de bom coração se espalhou, e logo mais viajantes o procuraram, buscando proteção e orientação. Kiyoshi ficou conhecido como o “Guardião da Floresta”, um título que ele carregava com orgulho.

Kiyoshi, já um Oni adulto, permanece protectivamente entre os viajantes cansados na antiga floresta.
Kiyoshi, agora um poderoso Oni, protege um grupo de viajantes perdidos, demonstrando sua compaixão apesar de sua aparência temível.

O Retorno à Aldeia

Anos se passaram, e Kiyoshi cresceu mais forte, não apenas fisicamente, mas também espiritualmente. Um dia, ouviu rumores de que sua antiga aldeia estava sofrendo sob o domínio de um senhor da guerra cruel. Os aldeões eram forçados a trabalhar nos campos sem descanso, suas colheitas eram roubadas e suas casas queimadas se ousassem resistir.

Kiyoshi sabia que não podia ficar de braços cruzados. Ele se dirigiu à aldeia, o coração pesado com memórias de sua infância. Ao se aproximar dos portões, viu os rostos das pessoas que antes o evitavam, agora marcados e quebrados por anos de sofrimento.

O senhor da guerra emergiu da maior casa, um homem imponente com o rosto distorcido pela crueldade. Riu quando viu Kiyoshi, zombando dele por ser “mais um monstro”. Mas Kiyoshi não respondeu com raiva ou ódio. Em vez disso, desafiou o senhor da guerra para um duelo, oferecendo-se para partir pacificamente se ele perdesse.

A batalha foi feroz, e Kiyoshi lutou com toda a força e habilidade que havia adquirido ao longo dos anos. Contudo, o senhor da guerra não era páreo para o poder de um Oni que lutava não por si mesmo, mas pelos outros. Com um golpe final e poderoso, Kiyoshi derrotou o senhor da guerra, fazendo-o fugir para a selva.

Os aldeões assistiram maravilhados enquanto Kiyoshi se postava diante deles, sua forma monstruosa sombreada contra o sol poente. “Eu sou Kiyoshi,” declarou ele. “Eu não sou um monstro. Sou um protetor.”

Kiyoshi, o Oni, encara o senhor da guerra na entrada da aldeia, com chamas iluminando a cena.
Em uma batalha dramática, Kiyoshi confronta o senhor da guerra para proteger sua antiga aldeia, provando sua força e honra.

Um Novo Começo

Kiyoshi ajudou a reconstruir a aldeia, usando sua força para erguer vigas pesadas e sua sabedoria para guiar os aldeões na criação de uma comunidade mais segura e forte. Com o tempo, começaram a vê-lo não como um Oni, mas como um dos seus. Crianças se reuniam ao seu redor, ouvindo suas histórias de aventura, e os anciãos buscavam seu conselho em assuntos importantes.

Mas com a mudança das estações, Kiyoshi sentiu um anseio em seu coração. Sabia que seu lugar não era entre os humanos, mas na floresta, onde poderia continuar a proteger aqueles que se aventuravam em suas profundezas. E assim, com o coração pesado, despediu-se da aldeia, prometendo retornar se algum dia precisassem dele.

Os aldeões assistiram enquanto ele desaparecia nas sombras e, embora soubessem que sentiriam sua falta, também sabiam que ele sempre estaria lá, cuidando deles.

Epílogo: A Lenda Continua

Anos se transformaram em décadas, e a história do Oni que protegia a aldeia tornou-se uma lenda, transmitida de geração em geração. Contavam sobre Kiyoshi, o menino que nasceu com o poder de um demônio, mas escolheu viver com o coração de um humano. Lembravam-se dele não como um monstro, mas como um herói que lhes ensinou que não é o nosso nascimento que nos define, mas as escolhas que fazemos.

Até hoje, se você se aventurar profundamente na floresta perto do Monte Fuji, pode ouvir os sussurros de um ser antigo cuidando de você, pronto para estender a mão a quem precisa. E se você ouvir com atenção, pode até ouvir uma voz, suave como a brisa, dizendo: “Você não é um monstro. Você é o que escolhe ser.”

Kiyoshi observa sua antiga vila ao pôr do sol, enquanto os moradores acenam em sinal de gratidão.
Kiyoshi se despede da aldeia que salvou, com o coração cheio de orgulho e uma emoção agridoce enquanto se afasta.

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