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Sobre a História: A História do Grifo é um Legend de romania ambientado no Medieval. Este conto Descriptive explora temas de Courage e é adequado para All Ages. Oferece Moral perspectivas. Uma jornada de coragem e sabedoria em busca do lendário Grifo.
No coração da antiga Europa, onde montanhas imponentes tocavam o céu e florestas profundas sussurravam sobre magias ancestrais, vivia uma criatura tão majestosa quanto temida—a Grifo. Metade águia, metade leão, ela governava os céus e as terras com uma dominação régia que apenas as lendas poderiam conter. Esta é a história de um desses Grifos, uma narrativa transmitida de geração em geração, sobre lealdade, bravura e o equilíbrio eterno entre a selvageria e a sabedoria.
Profundas nos vales das Montanhas dos Cárpatos, escondido dos olhos dos homens, havia um lugar conhecido apenas em sussurros—o Vale de Gryphus. Diziam que este vale era lar do último dos Grifos, uma criatura que guardava os tesouros antigos da Terra com força e sabedoria inabaláveis. As lendas contavam que a entrada para este lugar escondido só podia ser encontrada quando as estrelas se alinhavam em uma constelação específica—A Águia e o Leão entrelaçados. Na pequena vila de Groznik, as pessoas falavam do vale com admiração, mas ninguém se atrevia a aventurar-se em sua busca. As histórias eram suficientes para manter os mais curiosos afastados. Contudo, uma alma, um jovem chamado Eirik, sentia um desejo insaciável de descobrir a verdade. Desde que seu avô lhe contara histórias sobre os Grifos, ele estava obcecado com a ideia de encontrá-los. "Dizem que eram os protetores dos reis, conselheiros dos deuses," seu avô dizia. "Mas também são ferozes e selvagens. Um Grifo não se curvará a ninguém, e para se tornar amigo de um, você deve ser digno." Eirik passou anos estudando o folclore, traçando mapas e planejando sua jornada. E agora, na véspera do solstício de inverno, quando as estrelas se alinhariam, ele sentiu que o momento havia chegado. "Amanhã, partirei," sussurrou para si mesmo enquanto arrumava sua mochila com provisões e a adaga de prata que seu avô lhe deixara. O sol da manhã rastejou sobre os picos enquanto Eirik se dirigia para as montanhas. A neve estalava sob seus pés enquanto ele se aventurava mais profundamente na natureza selvagem, guiado pelas estrelas e pelos mapas antigos que havia compilado. Viajou por dias, através de florestas densas, sobre rios gelados e por cristas traiçoeiras, até que finalmente, chegou a um penhasco com vista para uma vasta extensão de terra intocada. "Este deve ser," murmurou Eirik, seu coração pulsando de antecipação. Ele ficou na beira do penhasco, escaneando o horizonte em busca de sinais de vida. De repente, à distância, ele viu uma sombra massiva voando pelo céu. A forma de asas de águia, mas muito maiores do que qualquer pássaro que ele já havia visto. "Pelos deuses," arfou ele, "um Grifo." Ele seguiu o caminho da criatura com os olhos e viu-a descer para um vale muito abaixo. Eirik desceu apressadamente pela encosta rochosa, sua excitação misturada com medo. E se as lendas fossem verdadeiras? E se os Grifos não fossem as criaturas nobres que ele imaginava, mas bestas ferozes e implacáveis? Ainda assim, ele continuou. O vale era diferente de tudo o que Eirik já havia visto. Pinheiros imponentes alinhavam as bordas, seus galhos carregados de neve, e no centro, uma ampla planície se estendia, pontilhada de enormes rochas e estranhas estátuas de aparência antiga. Mas o que mais chamou sua atenção foram as pegadas—marcas enormes de garras na neve, levando mais profundamente no vale. Eirik as seguiu cautelosamente. Sua respiração se transformava em nuvem no ar frio enquanto ele se movia, e o silêncio era tão profundo que ele podia ouvir o suave som de seu batimento cardíaco em seus ouvidos. De repente, houve um movimento à frente. Eirik congelou, agachando-se atrás de uma rocha, enquanto uma forma maciça aparecia de trás de uma das estátuas. Era ainda mais magnífico do que ele havia imaginado. A criatura tinha o corpo de um leão, seus músculos ondulando sob sua pelagem castanha, e a cabeça e asas de uma grande águia, com olhos dourados penetrantes que pareciam ver tudo. O Grifo. O coração de Eirik disparou. Ele sabia que precisava se aproximar com cuidado, sem demonstrar sinais de ameaça. Respirou fundo e saiu de trás da rocha, levantando as mãos em um gesto de paz. Os olhos do Grifo se fixaram nele imediatamente, e ele soltou um rosnado baixo e retumbante. Suas asas se estendiam, lançando uma sombra sobre a neve, e, por um momento, Eirik pensou que poderia atacar. Mas então algo incrível aconteceu. A criatura inclinou a cabeça, como se curiosa, e deu um passo cauteloso em sua direção. Eirik lentamente alcançou sua mochila e puxou a adaga de prata. Ele se ajoelhou na neve e a colocou no chão diante de si—a presente, uma oferenda. O Grifo observou a adaga por um longo momento antes de abaixar a cabeça para inspecioná-la. Então, para o espanto de Eirik, soltou um som suave, quase aprovadouro, e empurrou a adaga com seu bico. A respiração de Eirik ficou presa na garganta. Seria este um sinal de aceitação? "Obrigado," sussurrou ele, sem ter certeza se a criatura podia entendê-lo, mas sentindo a necessidade de falar mesmo assim. O Grifo levantou a cabeça novamente e olhou para Eirik com aqueles olhos dourados intensos. E então, com um forte bater de asas, ele se lançou ao céu, desaparecendo sobre as montanhas. Eirik o observou partir, seu coração pulsando de admiração e exaltação. Ele havia conseguido. Encontrara um Grifo, e ele não o havia matado. Mas, mais importante, o havia aceitado. Por dias, Eirik permaneceu no vale, observando o Grifo à distância. A cada dia, a criatura sobrevoava as montanhas, retornando com alguma presa desconhecida, e a cada noite, descansava perto das estátuas ancestrais. Eirik percebeu que essas estátuas eram mais do que apenas pedra—eram marcos, guardiões de uma era há muito esquecida. Uma noite, enquanto Eirik estava sentado ao redor de sua fogueira, notou algo incomum. Uma das estátuas parecia brilhar suavemente no crepúsculo. Curioso, ele se aproximou e passou a mão sobre a superfície lisa. Para sua surpresa, a pedra estava quente ao toque, como se algo antigo e poderoso repousasse dentro dela. De repente, o chão sob ele começou a tremer, e a estátua se movia. Eirik tropeçou para trás enquanto os olhos da estátua começavam a brilhar mais intensamente, e uma voz profunda e ressonante encheu o ar. "Quem ousa perturbar os guardiões de Gryphus?" a voz retumbou. O coração de Eirik disparou. Ele se ajoelhou diante da estátua, sua voz trêmula. "Sou Eirik de Groznik, um buscador da verdade. Não tenho más intenções. Busco apenas conhecimento." Houve um longo silêncio, e então a voz falou novamente, mais suave desta vez. "Você tem sido observado, Eirik de Groznik. O Grifo te escolheu. Mas saiba disso—sua jornada está longe de terminar. Você deve provar ser digno." Eirik engoliu em seco. "Como?" Os olhos da estátua brilharam com luz. "Você deve encontrar o Coração de Gryphus, a pedra antiga que contém o poder dos Grifos. Somente então você compreenderá verdadeiramente seu propósito e o equilíbrio que mantêm." "O Coração de Gryphus," Eirik sussurrou. Ele havia ouvido falar dele nas lendas—uma pedra antiga que dizem conter a essência do primeiro Grifo, um poder tão grande que poderia mudar o destino do mundo. Mas a localização da pedra havia se perdido com o tempo, escondida pelos Grifos para protegê-la daqueles que abusariam de seu poder. "Onde eu a encontro?" ele perguntou. Os olhos da estátua escureceram, e a voz ficou fraca. "Siga o Grifo. Ele o guiará." Com isso, a luz desapareceu, e o vale ficou silencioso mais uma vez. Eirik ficou no frio, sua mente fervilhando. O Coração de Gryphus. Seria verdade? E, em caso afirmativo, o que isso significava para ele? Na manhã seguinte, Eirik partiu para seguir o Grifo. Ele não tinha ideia de onde isso o levaria, mas sabia que esse era seu caminho agora. Ele havia sido escolhido, e não voltaria atrás. Por dias, viajou pelas montanhas, guiado pelo voo do Grifo. Ele o levou a lugares que nunca havia visto antes—ruínas antigas, cavernas escondidas e florestas esquecidas. Pelo caminho, enfrentou desafios que testaram sua força, sua inteligência e sua coragem. Finalmente, após o que pareciam semanas de peregrinação, encontrou-se diante de um penhasco maciço e imponente. Na base, havia uma caverna, a entrada marcada pelos mesmos símbolos ancestrais que adornavam as estátuas no vale. "É aqui," murmurou Eirik. Entrou na caverna, seu coração pulsando de antecipação. O ar era fresco e úmido, e as paredes eram revestidas com estranhas gravações, contando a história dos Grifos e seu vínculo ancestral com a Terra. No centro da caverna, banhado por uma luz suave e etérea, havia um pedestal. E sobre aquele pedestal repousava uma pedra—uma pedra que pulsava com um brilho rítmico e tênue. O Coração de Gryphus. Eirik aproximou-se da pedra com cautela. À medida que se aproximava, podia sentir seu poder—uma energia antiga e primal que parecia ressoar com a própria terra sob seus pés. Estendeu a mão, hesitando por apenas um momento, antes de tocar a superfície da pedra. No momento em que seus dedos tocaram o Coração, uma onda de energia o envolveu. Sua visão ficou turva, e por um instante, sentiu como se estivesse voando pelo céu, cavalgando o vento ao lado dos Grifos. Viu flashes do passado—reis e guerreiros, batalhas e triunfos, todos guiados pela sabedoria dos Grifos. Mas então, a visão mudou. Ele viu escuridão, caos e destruição. O equilíbrio que os Grifos mantinham por séculos estava ameaçado, e sem o Coração, o mundo cairia em ruína. Quando a visão desapareceu, Eirik se encontrava ajoelhado no chão, sua mão ainda descansando na pedra. Ele compreendeu agora. O Coração de Gryphus era mais do que apenas uma fonte de poder—era a chave para preservar o equilíbrio entre as forças da natureza e a civilização. Mas com esse conhecimento veio uma escolha. Ele poderia pegar o Coração, reivindicar seu poder para si mesmo e se tornar uma lenda. Ou poderia deixá-lo aqui, escondido, e confiar que os Grifos continuariam a guardá-lo como o fizeram por séculos. Eirik se levantou, sua mente fervilhando. Qual era a coisa certa a fazer? Ele havia chegado tão longe, enfrentado tantos desafios, e agora a resposta estava ao seu alcance. Mas a que custo? Enquanto estava ali, contemplando sua decisão, ouviu um som familiar—o suave e poderoso bater de asas. Virou-se para ver o Grifo, o mesmo que o havia aceitado inicialmente, parado na entrada da caverna. Ele o observava silenciosamente, seus olhos dourados cheios de compreensão. Eirik olhou para a pedra, depois para o Grifo. Sabia o que precisava fazer. Com uma respiração profunda, afastou-se do Coração e abaixou a cabeça para o Grifo. "Entendo agora," disse suavemente. "O poder nunca foi destinado a mim." O Grifo soltou um som suave de aprovação e abaixou a cabeça em reconhecimento. Eirik sentiu uma sensação de paz envolvê-lo. Ele havia feito a escolha certa. Eirik saiu da caverna, o peso de sua decisão levantando de seus ombros. Sabia agora que o verdadeiro poder dos Grifos não estava no Coração, mas no equilíbrio que mantinham—a sabedoria de saber quando agir e quando deixar as coisas como estão. Retornou ao Vale de Gryphus, onde as estátuas permaneciam silenciosas e vigilantes. O Grifo voava sobre sua cabeça, sua forma majestosa um símbolo do vínculo ancestral entre o homem e a natureza, um vínculo que Eirik agora compreendia. Enquanto retornava à sua vila, Eirik sabia que sua jornada não havia terminado. Houve-lhe um vislumbre de um mundo que poucos jamais viram, e com esse conhecimento veio uma responsabilidade. Continuaria a proteger os segredos dos Grifos, para garantir que sua sabedoria e poder permanecessem escondidos daqueles que os abusariam. E assim, a história de Eirik e o Grifo tornou-se lenda, transmitida através das gerações, um lembrete do equilíbrio que deve sempre ser mantido entre o selvagem e o civilizado, o leão e a águia. Fim.O Vale Escondido
O Encontro
A Missão
A Escolha
Retorno ao Vale