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A História do Escaravelho
Pharaoh Neferkare gazes over the ancient city of Memphis at sunset, his royal palace and the distant Great Pyramids standing as symbols of Egypt's grandeur. With concern in his eyes, he contemplates the mysterious dream that has begun to haunt him.

Sobre a História: A História do Escaravelho é um Legend de egypt ambientado no Ancient. Este conto Dramatic explora temas de Redemption e é adequado para All Ages. Oferece Moral perspectivas. A busca de um faraó pela imortalidade o leva a um poder ancestral guardado pelos deuses.

À sombra das Grandes Pirâmides, onde o Rio Nilo serpenteia por terras antigas e o sol queima intensamente contra as areias douradas, reside uma história há muito sussurrada entre o povo do Egito. A história é sobre uma pequena e modesta criatura — o besouro escaravelho. Em uma terra governada por deuses e reis, o escaravelho era muito mais do que um inseto; simbolizava transformação, renascimento e o ciclo eterno da vida. Mas esta história não é sobre qualquer escaravelho comum. É a história de um escaravelho com o poder de alterar o destino de impérios, uma narrativa perdida no tempo, até agora...

O Sonho do Faraó

O faraó Neferkare estava no balcão de seu grandioso palácio em Mênfis, observando a cidade que se estendia e brilhava sob o sol da tarde. Seu reinado era um período de paz e prosperidade, mas ultimamente, ele estava perturbado. Sonhos estranhos assombravam seu sono — visões de um besouro dourado rastejando pelas areias e, a cada passo, o deserto florescia em vegetação exuberante. O sonho se repetia noite após noite e, apesar de consultar seus sacerdotes mais sábios, o significado permanecia evasivo.

Numa noite, enquanto o sol mergulhava no horizonte, o faraó convocou seu conselheiro mais confiável, Ptahotep, um homem conhecido por sua sabedoria e proximidade com os deuses. Ptahotep chegou rapidamente, suas longas vestes arrastando pelo piso de mármore enquanto se ajoelhava diante do faraó.

— Senhor, chamaram por mim?

— Sim, Ptahotep. Estou perturbado por sonhos dos quais não consigo me livrar. Um escaravelho, dourado como o sol, caminha pelo deserto e, onde quer que ele pise, a vida segue. O que você acha disso?

A testa de Ptahotep se franziu enquanto ouvia. — O escaravelho é sagrado, Faraó. Representa Khepri, o deus do sol nascente e da criação. Seu sonho deve ser uma mensagem, mas seu significado completo é incerto. Sugiro que consultemos o oráculo no Templo de Rá.

O faraó assentiu. — Partiremos ao amanhecer.

Enquanto a noite passava e as estrelas giravam no alto, o faraó Neferkare permanecia acordado, seus pensamentos consumidos pelo escaravelho dourado. O que significava? Era um sinal de esperança ou de desgraça?

A procissão real do faraó Neferkare atravessa o deserto, com camelos e soldados dirigindo-se em direção ao Templo de Rá.
O Faraó Neferkare lidera sua procissão real através das areias douradas em direção ao distante Templo de Rá, com determinação em seus corações.

A Profecia do Oráculo

Na manhã seguinte, a procissão real do faraó dirigiu-se ao Templo de Rá, uma estrutura magnífica construída em calcário e adornada com esculturas dos deuses. Dentro, o ar estava denso com incenso, e a sumo sacerdotisa, vestida com linho branco, aguardava sua chegada.

O faraó Neferkare aproximou-se do altar, flanqueado por Ptahotep e seus guardas. Ele explicou o sonho à sacerdotisa, que estreitou os olhos enquanto ouvia atentamente. Após um momento de silêncio, ela os conduziu mais fundo no templo, onde residia o oráculo. O oráculo, uma figura envolta em um manto escuro, estava sentado em uma sala iluminada apenas por lampiões de óleo tremeluzentes.

A sacerdotisa sussurrou algo no ouvido do oráculo e, após uma longa pausa, a figura falou. — O escaravelho que você vê não é um símbolo comum, Faraó. É o Arauto da Mudança. Ele fala de um tesouro escondido nas profundezas do deserto, um tesouro guardado por forças tanto antigas quanto poderosas. Encontrá-lo é desbloquear o poder da própria vida. Mas cuidado — o caminho é perigoso e muitos que o buscam se perdem nas areias.

O coração do faraó acelerou. Um tesouro que poderia trazer vida? Poderia este ser o segredo para o poder eterno, justamente aquilo que todo faraó buscava? Ele olhou para Ptahotep, que parecia profundamente pensativo.

— Senhor — Ptahotep começou —, este tesouro pode ser perigoso. Os deuses não concedem tais dons levianamente.

Mas Neferkare estava determinado. — Encontraremos este tesouro, Ptahotep. Prepare uma equipe com nossos melhores exploradores e soldados. Partiremos dentro da semana.

Rumo ao Deserto

A expedição partiu ao amanhecer. Uma caravana de camelos, soldados e estudiosos, todos liderados pelo próprio faraó, aventurou-se no vasto deserto. A jornada foi extenuante, o calor implacável e as areias intermináveis. Dias se transformaram em semanas enquanto caminhavam cada vez mais longe da civilização, seguindo as vagas pistas deixadas pelo oráculo.

Numa noite, enquanto a caravana descansava junto a um pequeno oásis, um dos estudiosos, um velho chamado Djehuty, aproximou-se do faraó com notícias.

— Senhor, estive estudando os mapas e textos antigos, e acredito que estamos perto do Vale dos Reis. Há uma antiga lenda que fala de uma tumba escondida, uma tumba que foi selada pelos próprios deuses. Se o escaravelho do seu sonho é um sinal, então este pode ser o lugar onde encontraremos o tesouro.

O faraó assentiu. — Iremos lá ao amanhecer.

Na manhã seguinte, chegaram ao Vale dos Reis, cujos imponentes penhascos lançavam longas sombras sobre o deserto. Lá, escondido sob camadas de areia e tempo, encontraram o que Djehuty havia mencionado — uma tumba, cuja entrada era marcada por um único escaravelho dourado esculpido na pedra.

A expedição se encontra diante de uma tumba oculta no Vale dos Reis, com sua entrada marcada por um escaravelho dourado.
O faraó Neferkare e seus homens descobrem uma tumba oculta no Vale dos Reis, com a entrada selada e marcada por um escaravelho dourado.

A Tumba de Khepri

A entrada da tumba estava selada por uma porta de pedra maciça, gravada com hieróglifos que advertiam sobre maldições e morte para quem entrasse. Mas o faraó Neferkare, encorajado por seu sonho, ordenou que seus homens a abrissem. Com grande esforço, eles forçaram a porta, revelando um túnel escuro que descia profundamente na terra.

A luz das tochas tremeluziu nas paredes enquanto adentravam, o ar ficando mais frio a cada passo. O túnel levava a uma câmara grandiosa, onde um grande sarcófago jazia no centro. Ao redor, estavam estátuas de Khepri, com rostos severos e observadores.

Djehuty estudou os hieróglifos nas paredes. — Esta é a tumba de Khepri em si, ou pelo menos uma tumba dedicada à sua adoração. Os deuses devem tê-la selado para proteger algo.

Enquanto se aproximavam do sarcófago, um zumbido estranho encheu o ar. O escaravelho dourado do sonho do faraó parecia materializar-se do nada, brilhando fracamente enquanto pairava acima do sarcófago.

O faraó deu um passo à frente, com o coração disparado. — Abra — ordenou.

Seus homens hesitaram, mas obedeceram. Quando a tampa do sarcófago foi levantada, uma luz brilhante preencheu a sala. Dentro, havia um pequeno artefato dourado, moldado como um besouro escaravelho. Sua superfície cintilava com um brilho de outro mundo e, enquanto o faraó o alcançava, o chão começou a tremer.

— Os deuses estão irados! — exclamou um dos soldados.

Mas o faraó, com a mente consumida pelo pensamento do poder do tesouro, agarrou o escaravelho. Naquele instante, os tremores cessaram e a câmara voltou a silenciar.

O Poder do Escaravelho

Com o escaravelho dourado em sua posse, o faraó Neferkare sentiu uma imensa onda de energia. O artefato pulsava em sua mão, como se estivesse vivo, e o ar ao seu redor parecia brilhar com seu poder. Mas algo mais se agitava profundamente dentro da tumba. As estátuas de Khepri, antes silenciosas, começaram a se mover.

— Eles estão despertando! — gritou Ptahotep.

As figuras de pedra desceram de seus pedestais, os olhos brilhando com luz divina. O faraó e seus homens ficaram presos, cercados pelos guardiões da tumba.

— Devolvam o escaravelho ou enfrentem a ira dos deuses! — uma voz ecoou pela câmara, embora sua origem fosse invisível.

O faraó hesitou, o peso do escaravelho pesado em sua mão. Este era o poder que ele buscava, a chave para a imortalidade, mas a que custo? As estátuas se aproximavam, seus braços de pedra erguidos, prontas para atacar.

— Faraó! — Ptahotep chamou —, devemos partir! Os deuses não nos pouparão!

Mas Neferkare estava fixo, seu olhar preso no escaravelho. Ele poderia realmente desistir agora, depois de ter chegado tão longe?

O faraó Neferkare segura um escaravelho dourado que brilha, enquanto estátuas de Khepri começam a despertar dentro da tumba.
Dentro da tumba de Khepri, o faraó Neferkare segura o escaravelho dourado enquanto as antigas estátuas do deus começam a se mover com um poder divino.

A Fuga

No caos do momento, um dos soldados, em uma tentativa desesperada de salvar sua vida, derrubou o escaravelho da mão do faraó. Ele caiu ruidosamente no chão e, instantaneamente, as estátuas pararam. O escaravelho dourado, agora brilhando mais do que nunca, pairou no ar mais uma vez antes de desaparecer no éter.

O faraó Neferkare, abalado mas vivo, recuou. O poder do escaravelho havia sido além de sua compreensão e, agora, estava novamente perdido nas areias do tempo.

— Vamos deixar este lugar — Ptahotep instou, sua voz suave de alívio —. Os deuses nos pouparam hoje.

A expedição rapidamente deixou a tumba, os ecos de seus passos desaparecendo na escuridão atrás deles. Ao emergirem para a luz do dia, o faraó Neferkare olhou para trás na tumba, um profundo sentimento de perda e compreensão se estabelecendo em seu coração.

O deserto havia engolido o tesouro mais uma vez e, com ele, os sonhos de imortalidade.

Epílogo: O Legado do Escaravelho

O faraó Neferkare retornou ao seu palácio, sua busca pelo escaravelho dourado agora uma memória distante. As visões do escaravelho não mais assombravam seus sonhos, mas as lições que ele aprendeu durante a jornada permaneciam. O poder dos deuses não era algo a ser levado levianamente, e alguns tesouros eram melhores deixados enterrados nas areias do tempo.

Com o passar dos anos, a história do escaravelho dourado tornou-se uma lenda, sussurrada entre o povo do Egito. Alguns diziam que ainda estava oculto na tumba, esperando o próximo faraó corajoso — ou tolo — o suficiente para buscá-lo.

Mas Neferkare sabia melhor. Ele havia visto o poder do escaravelho e sentiu seu peso. Algumas coisas, ele percebeu, não eram destinadas a serem possuídas.

O faraó e seus homens fogem da tumba enquanto uma energia divina gira ao seu redor e as estátuas de Khepri ganham vida.
Enquanto as forças divinas se despertam dentro da tumba, o Faraó Neferkare e seus homens fazem uma fuga desesperada, escapando por pouco da fúria dos deuses.

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