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A Feiticeira de Jabal al-Nabi Yunis
Jabal al-Nabi Yunis towers under a vibrant sunset as a young woman gazes toward its peaks, setting the stage for a tale of mystery, courage, and redemption.

Sobre a História: A Feiticeira de Jabal al-Nabi Yunis é um Legend de palestinian ambientado no Ancient. Este conto Dramatic explora temas de Redemption e é adequado para Adults. Oferece Inspirational perspectivas. Uma jornada pelos mistérios de Jabal al-Nabi Yunis para resgatar uma lenda esquecida.

No coração da Palestina, onde oliveiras balançam sob o sol dourado e a terra respira história, ergue-se o imponente Jabal al-Nabi Yunis, ou "A Montanha do Profeta Jonas". Um lugar de lendas e contos sussurrados, seus picos recortados guardam segredos há séculos. Entre as histórias, um nome se destaca acima dos demais: Ghaliya, a Bruxa de Jabal al-Nabi Yunis. Ela era uma feiticeira com poderes além da compreensão ou uma mulher incompreendida cuja vida foi moldada pelo medo e traição? A verdade permanecia escondida na sombra da montanha, esperando que os corajosos a descobrissem.

O Chamado da Montanha

À medida que o crepúsculo se instalava sobre a vila de Al-Taybeh, o brilho do sol poente beijava os telhados de pedra, pintando a cidade em tons de âmbar e carmesim. Samira, uma jovem espirituosa de vinte anos, caminhava rapidamente pela trilha de terra que levava da casa de sua família até o olival. Seu cabelo escuro e encaracolado caía sobre os ombros enquanto a brisa da noite carregava o aroma de sálvia e tomilho.

"Não vá longe demais, Samira!" sua mãe chamou da porta, uma preocupação marcando seu rosto.

"Não vou", respondeu Samira, sua voz se esvaindo. Ela não planejava se afastar — pelo menos não muito. Mas algo sobre a montanha a estava chamando, puxando sua curiosidade como um fio que desfaz um tecido bem tecido.

Naquela noite, Samira e um pequeno grupo de amigos decidiram explorar as encostas inferiores de Jabal al-Nabi Yunis. A montanha erguia-se ao longe, um antigo sentinela envolto em mistério. O grupo conversava e ria enquanto caminhava, suas vozes preenchendo o ar fresco da noite. Mas conforme subiam mais, o clima mudava.

Eles se depararam com uma clareira onde um círculo de pedras antigas permanecia em vigília silenciosa. As pedras estavam desgastadas e cobertas de musgo, mas sua disposição era anormalmente perfeita.

"O que é este lugar?" perguntou Samira, sua voz mal acima de um sussurro.

Yusuf, seu amigo de infância, hesitou. "Já ouvi histórias sobre este círculo. Dizem que é amaldiçoado — algo relacionado à bruxa que viveu aqui há muito tempo."

O grupo trocou olhares inquietantes, o arrojo anterior sendo substituído por uma sensação crescente de pavor. No entanto, Samira sentiu uma atração inexplicável em direção ao círculo. O ar esfriou e um zumbido fraco pareceu emanar das pedras.

"Samira, não", Yusuf advertiu, agarrando seu braço. "Não deveríamos estar aqui."

Mas era tarde demais. Ao cruzar a fronteira do círculo, um calafrio percorreu sua espinha e ela sentiu como se olhos invisíveis a estivessem observando.

Um círculo de pedras coberto de musgo em uma clareira cercada por árvores, com uma jovem mulher hesitante em pé nas proximidades.
Uma pedra circular coberta de musgo nas encostas de Jabal al-Nabi Yunis, envolta em mistério e emitindo um suave brilho com símbolos antigos, enquanto Samira se aproxima hesitante.

Sussurros do Passado

Naquela noite, Samira não conseguiu dormir. Ela ficou acordada, olhando para o teto de seu quarto, sua mente agitada com pensamentos sobre o círculo de pedras. Incapaz de ignorar a curiosidade persistente, decidiu conversar com a única pessoa que poderia ter respostas: sua avó.

Sua avó, Noura, era a historiadora da vila, guardiã de contos tanto antigos quanto modernos. Ela sentava-se em sua poltrona favorita perto da lareira, suas mãos enrugadas descansando no colo enquanto observava as chamas.

"Sente-se, querida", Noura disse, gesticulando para o banquinho ao seu lado. "Conte-me o que te preocupa."

Samira relatou os eventos da noite, descrevendo o círculo de pedras e a sensação inquietante que a dominara. Noura ouviu atentamente, sua expressão ficando mais séria a cada palavra.

"Você encontrou um lugar de poder", disse Noura finalmente. "O círculo que você viu era usado por Ghaliya, a Bruxa de Jabal al-Nabi Yunis. Ela era uma curandeira, uma vidente e, alguns dizem, uma feiticeira."

Samira se inclinou, cativada. "O que aconteceu com ela?"

"Ah", suspirou Noura, sua voz carregada de emoção. "Ghaliya era uma mulher à frente de seu tempo, e isso foi sua ruína. As pessoas da nossa vila a temiam porque ela era diferente. Quando as colheitas falharam um ano e as chuvas não vieram, eles a culparam. Eles a expulsaram para as montanhas, acusando-a de feitiçaria. Mas dizem que ela nunca deixou a montanha, e seu espírito ainda lá permanece."

O coração de Samira doía pela injustiça da história. "Você acredita nisso?"

Os olhos de Noura encontraram os dela, afiados e inabaláveis. "A crença é uma coisa complicada, querida. A montanha guarda muitas verdades, mas nem todas estão destinadas a serem reveladas."

No Coração da Montanha

Na manhã seguinte, Samira acordou com um senso de propósito. Ela preparou uma pequena mochila com pão, queijo e uma garrafa de água, determinada a descobrir a verdade sobre Ghaliya. Não contou a ninguém sobre seus planos, sabendo que só tentariam detê-la.

A escalada foi árdua, os caminhos estreitos serpenteando íngreme para cima. Quanto mais subia, mais silencioso o mundo se tornava, até mesmo o som de seus próprios passos parecia abafado pela imensidão da montanha.

Finalmente, ela alcançou o círculo de pedras. Desta vez, entrou em seu centro sem hesitação. Uma rajada repentina de vento circulou ao seu redor e o ar ficou carregado de energia.

"Por que você veio aqui, criança?" uma voz ecoou, suave porém autoritária.

Samira se virou bruscamente, sua respiração presa na garganta. Uma figura se materializou diante dela — uma mulher vestida de preto, seu rosto parcialmente oculto por um véu. Seus olhos ardendo com uma mistura de tristeza e poder.

"Você é... Ghaliya?" Samira perguntou, sua voz trêmula.

A mulher assentiu. "Sou eu, embora o que resta de mim seja apenas uma sombra. Você perturbou meu descanso. Por quê?"

"Quero saber a verdade", disse Samira, seu coragem crescendo. "Quero entender quem você era e por que seu nome se tornou uma lenda."

Ghaliya a observou por um longo momento antes de falar. "A verdade é um fardo pesado, criança. Se deseja carregá-la, primeiro deve provar que é digna."

A figura fantasmal de Ghaliya, envolta em um manto negro, ergue-se em um círculo de pedras luminosas, dirigindo-se a uma jovem mulher.
Samira se depara com a figura espectral de Ghaliya no círculo de pedras, um brilho etéreo iluminando a tristeza e o poder no olhar assombroso da bruxa.

O Início das Provas

Ghaliya explicou que Samira precisaria completar três provas para descobrir a verdade. Cada prova testaria um aspecto diferente de seu caráter: coragem, sabedoria e compaixão.

Para a primeira prova, Samira foi levada a uma caverna profunda dentro da montanha. Lá dentro, encontrou-se em um labirinto de espelhos. Cada reflexo mostrava uma versão diferente de si mesma — algumas gentis e amáveis, outras cruéis e irreconhecíveis.

"Escolha a versão mais verdadeira de si mesma", a voz de Ghaliya ecoou.

Samira hesitou, sobrecarregada pelas reflexões intermináveis. Mas então percebeu: a versão mais verdadeira não era aquela sem falhas, mas a que as aceitava. Ela avançou em direção ao reflexo que a mostrava como realmente era — marcada, forte e imperfeita.

A segunda prova testou sua sabedoria. Ghaliya apresentou enigmas que se tornavam cada vez mais complexos. Samira lutou com a última questão, sua frustração aumentando. Mas, ao respirar fundo e se concentrar, a resposta se revelou, como os primeiros raios da aurora rompendo a escuridão.

A terceira prova foi a mais assustadora. Samira encontrou um lobo ferido, sua pata presa em uma armadilha. Embora a criatura rosnasse e tentasse morder, ela se aproximou com paciência e bondade, libertando-o apesar do medo. À medida que o lobo manjava para longe, transformou-se em uma figura brilhante, abaixando a cabeça em gratidão antes de desaparecer.

A Redenção da Bruxa

Quando Samira retornou ao círculo de pedras, Ghaliya a esperava. Sua forma estava mais brilhante agora, menos sombria.

"Você fez o que ninguém mais ousou", disse Ghaliya. "Mostrou coragem, sabedoria e compaixão. Agora, compartilharei a verdade com você."

Ela revelou os eventos que levaram ao seu exílio: o ciúme de um vizinho, as mentiras que se espalharam como fogo e o medo dos aldeões que se transformou em ódio.

Liberta do peso de sua história, o espírito de Ghaliya começou a ascender. "Obrigado, Samira", disse ela. "Você restaurou minha honra. Que você leve minha história consigo, para que outros possam aprender com ela."

Samira em uma caverna de espelhos, confrontando suas diversas reflexões sob uma luz etérea.
Samira está em uma caverna de espelhos, confrontando reflexos de seus muitos eus enquanto busca pela versão mais verdadeira de si mesma, iluminada por um brilho sobrenatural.

Um Legado Recuperado

Samira retornou à vila e compartilhou tudo o que havia aprendido. Os aldeões, comovidos por sua coragem e pela história de Ghaliya, construíram um santuário perto do círculo de pedras. Eles passaram a ver Ghaliya não como uma bruxa, mas como uma protetora injustiçada pelo medo e ignorância.

Com o passar dos anos, Samira tornou-se a contadora de histórias da vila, garantindo que a história de Ghaliya nunca fosse esquecida. A montanha, antes um lugar de medo, tornou-se um símbolo de redenção e resiliência.

Os moradores se reúnem perto de um santuário iluminado ao pé de Jabal al-Nabi Yunis, enquanto Samira segura um diário.
Os moradores se reúnem ao redor do santuário próximo a Jabal al-Nabi Yunis, homenageando a memória de Ghaliya, enquanto Samira reflete sobre sua jornada e o legado que descobriu.

Epílogo: A Vigília Eterna da Montanha

Mesmo agora, Jabal al-Nabi Yunis permanece como um guardião silencioso de histórias não contadas. Viajantes falam da Bruxa de Jabal al-Nabi Yunis com reverência, e em noites tranquilas, o vento carrega sua risada — um lembrete gentil de um espírito finalmente em paz.

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