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Sobre a História: **A Bela e a Fera** é um Fairy Tale de france ambientado no Medieval. Este conto Dramatic explora temas de Romance e é adequado para All Ages. Oferece Moral perspectivas. Um conto de fadas atemporal sobre amor, coragem e o verdadeiro significado da beleza.
**A Bela e a Fera (França)**
Era uma vez, numa pitoresca aldeia aninhada entre as colinas ondulantes do interior da França, vivia uma jovem chamada Belle. Ela não era apenas renomada por sua beleza marcante, mas também por seu intelecto aguçado e amor insaciável pelos livros. A paixão de Belle pela leitura a destacava em uma aldeia que valorizava o trabalho físico e as habilidades práticas em detrimento das buscas intelectuais. Frequentemente, ela se perdia em contos de aventura, romance e terras distantes, ansiando por mais do que a vida provinciana que levava. Seu pai, Maurice, era um inventor excêntrico, porém de bom coração, que constantemente mexia com suas criações caprichosas em sua aconchegante cabana.
Num dia fatídico, Maurice partiu em uma jornada para apresentar sua mais recente invenção numa feira em uma cidade vizinha, na esperança de trazer prosperidade para sua vida humilde. Belle, sempre a filha solidária, despediu-se dele com uma mistura de esperança e preocupação. Conforme Maurice atravessava a densa e enevoada floresta, ele perdeu o caminho e foi surpreendido por uma tempestade repentina e violenta. Em busca de refúgio, ele tropeçou em um castelo grandioso e ameaçador escondido profundamente na floresta.
Maurice hesitou diante dos portões imponentes, mas os ventos fortes e a chuva fria não lhe deixaram escolha. Ao adentrar, o castelo parecia deserto, um lugar congelado no tempo. Ele encontrou calor junto a uma lareira crepitante e, para sua surpresa, encontrou uma estranha coleção de objetos falantes — um candelabro chamado Lumière, um relógio chamado Cogsworth e uma chaleira chamada Mrs. Potts, entre outros. Esses servos encantados eram bondosos e hospitaleiros, oferecendo a Maurice abrigo e comida. Contudo, seu mestre, uma temível Fera, não era tão acolhedor.
A Fera, que já foi um belo príncipe, foi amaldiçoada por uma feiticeira devido à sua arrogância e falta de compaixão. O feitiço o transformou em uma criatura monstruosa e seus servos em objetos domésticos. A feiticeira deixou para trás uma única rosa, advertindo que a maldição só seria quebrada se a Fera aprendesse a amar e fosse amada em retorno antes que a última pétala caísse. Ao descobrir a presença de Maurice, a Fera entrou em fúria, acreditando que o velho homem era um intruso procurando zombá-la. Ela aprisionou Maurice na torre do castelo, ignorando os apelos de Lumière e Cogsworth por misericórdia.
De volta à aldeia, Belle ficou cada vez mais preocupada quando seu pai não retornou. Temendo por sua segurança, ela partiu em seu cavalo, Philippe, determinada a encontrá-lo. Philippe, sentindo o rastro de Maurice, conduziu Belle através da floresta traiçoeira até os portões do castelo. Belle ficou chocada com a grandiosidade sombria do castelo e sua atmosfera assombrada. Sem se abalar, ela adentrou, onde foi guiada por Lumière e Cogsworth até a torre onde seu pai estava cativo.
A visão de seu pai adoecido encheu Belle de uma determinação feroz. Quando a Fera a confrontou, ela corajosamente ofereceu-se em troca da liberdade de seu pai, apesar do medo que sentia da figura monstruosa diante dela. A Fera, vendo uma oportunidade de possivelmente quebrar a maldição, concordou. Ela liberou Maurice, que foi enviado de volta à aldeia em uma carruagem mágica, enquanto Belle permanecia como prisioneira da Fera.
A nova vida de Belle no castelo foi repleta de medo e fascinação. Os objetos encantados faziam o possível para fazê-la sentir-se bem-vinda, compartilhando histórias de suas vidas antes da maldição e da verdadeira natureza da Fera. À medida que os dias se transformavam em semanas, o terror inicial de Belle deu lugar à curiosidade. Ela descobriu uma magnífica biblioteca dentro do castelo, repleta de livros de todos os gêneros e idiomas. Este presente da Fera foi um gesto de boa vontade que tocou profundamente Belle, pois ela nunca tinha visto tantos livros em sua vida.

Por outro lado, a Fera ficou cativada pela inteligência e espírito de Belle. Ele lutava contra seu temperamento e auto-ódio, achando difícil acreditar que alguém pudesse amá-lo. No entanto, a presença de Belle trouxe uma calidez ao castelo que há muito estava ausente. Eles passaram horas discutindo livros, explorando os terrenos do castelo e, lentamente, uma amizade floresceu. A natureza compassiva de Belle começou a revelar a bondade oculta e a vulnerabilidade da Fera.
Numa noite, durante um jantar luxuoso, a Fera tentou desajeitadamente comer com utensílios, divertindo Belle e fazendo-a rir genuinamente pela primeira vez desde sua chegada. Encorajada por esse momento de conexão, a Fera convidou Belle para um baile no grande salão de baile. Belle vestiu um deslumbrante vestido dourado, e a Fera se arrumou com trajes formais. Enquanto dançavam, sentiram um vínculo crescente, uma conexão que transcendia o físico. Os servos encantados assistiam com a respiração suspensa, esperando que Belle realmente pudesse ser quem quebraria a maldição.

Apesar do crescente afeto entre eles, Belle sentia muita falta de seu pai. Sentindo seu anseio, a Fera lhe deu um espelho mágico que poderia mostrar qualquer coisa que ela desejasse ver. Quando Belle olhou no espelho, ela viu seu pai, perdido e doente na floresta. Dominada pela preocupação, ela pediu à Fera que a deixasse ir até ele. Embora isso a entristecesse, a Fera concordou, liberando-a de sua promessa. Ele também lhe deu o espelho, um símbolo para lembrá-la dele, e uma maneira de vê-lo sempre que desejasse.
Belle apressou-se de volta à aldeia e encontrou Maurice, trazendo-o para casa e cuidando para que se recuperasse. No entanto, seu retorno despertou ciúmes e suspeitas entre os aldeões, especialmente de Gaston, um caçador belo, porém arrogante, que há muito tempo buscava a mão de Belle em casamento. Gaston sempre havia desprezado a inteligência e os interesses de Belle, vendo-a apenas como um prêmio a ser conquistado. Quando Maurice falou sobre o cativeiro de Belle e a Fera, Gaston viu uma oportunidade para se livrar de uma rival e ganhar o favor de Belle. Ele convenceu os aldeões de que a Fera era uma ameaça monstruosa que precisava ser eliminada.

Apesar dos apelos de Belle, Gaston reuniu os aldeões para atacar o castelo, retratando a Fera como um perigo para a comunidade. Armados com tochas e armas, a multidão marchou pela floresta, determinada a destruir a Fera. Belle, horrorizada, tentou impedi-los, mas foi trancada em sua própria casa por Gaston e seus cúmplices. Com a ajuda de Maurice, ela conseguiu escapar e correu para o castelo, na esperança de evitar uma tragédia.
À medida que a multidão se aproximava, a Fera, de coração partido pela partida de Belle e acreditando que nunca seria amada, havia caído em desespero. Ele não fez esforço para se defender, mesmo quando Gaston e os aldeões invadiram o castelo. Os servos encantados fizeram o possível para repelir os atacantes, mas Gaston lutou até alcançar a Fera. Na batalha que se seguiu, a Fera inicialmente permaneceu passiva, resignada ao seu destino. No entanto, quando Belle chegou e o chamou, ele encontrou forças para reagir.
O confronto entre Gaston e a Fera atingiu um clímax mortal no telhado do castelo. Consumido por ciúmes e raiva, Gaston conseguiu ferir a Fera. No entanto, em sua arrogância, Gaston perdeu o equilíbrio e caiu de morte. A Fera, gravemente ferida, desabou enquanto Belle corria para seu lado. Ela o acalmou, com lágrimas escorrendo pelo rosto, e confessou seu amor por ele justamente quando a última pétala da rosa encantada caía.

Por um momento, tudo ficou parado, e parecia que a maldição permaneceria intacta. Mas então, uma transformação milagrosa começou. O corpo da Fera foi envolvido por uma luz quente e dourada, e ela foi levantada no ar. Belle observou maravilhada enquanto a Fera se transformava de volta em um belo príncipe. A maldição foi quebrada não apenas dele, mas de todo o castelo; os objetos encantados retornaram às suas formas humanas, e o castelo outrora sombrio foi restaurado ao seu esplendor anterior.
O príncipe, agora livre da maldição, olhou para Belle com gratidão e amor. Ele explicou como sua bravura e bondade não apenas o haviam salvo, mas também o haviam redimido. Belle e o príncipe retornaram à aldeia, onde foram recebidos com espanto e alegria. Os aldeões, que haviam sido levados pelo medo e ignorância, passaram a ver o príncipe e Belle como símbolos do poder transformador do amor e da compreensão.
Belle e o príncipe se casaram em uma grande celebração no castelo, com a presença de pessoas tanto da aldeia quanto de terras vizinhas. Os aldeões, antes desconfiados, agora celebravam a união, tendo testemunhado o poder do amor verdadeiro. Belle e o príncipe governaram a terra com sabedoria e compaixão, garantindo que as lições de bondade e de olhar além das aparências fossem passadas de geração em geração.
E assim, Belle e seu príncipe viveram felizes para sempre, um testemunho da crença de que o amor, em sua forma mais pura, pode superar até as maldições mais sombrias e os desafios mais assustadores. A história de A Bela e a Fera tornou-se um conto muito querido, lembrando a todos que a beleza está no interior e que o amor verdadeiro vê além da superfície.